Rival de Bolt tenta afastar fama de vilão em vinda ao Brasil

Justin Gatlin / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – Principal rival de Bolt nos 100m e nos 200m rasos, o americano Justin Gatlin, de 34 anos, está numa tentativa de melhorar sua imagem durante passagem pelo Brasil. O velocista, que venceu o desafio Mano a Mano no último final de semana, é visto como um cara marrento. Suas duas punições por uso de doping também não ajudam e fazem de sua imagem algo mais próximo de “vilão” do que de mocinho.
 
Substituto de Bolt no desafio disputado no último final de semana, Gatlin veio e venceu a curta corrida disputada na praia. “Ele teve um problema de contusão e resolveu, para focar nessa recuperação, não vir – o que é absolutamente compreensível. Aí, conversando com os parceiros do evento, o nome do Justin Gatlin apareceu na hora. É o principal oponente dele”, conta Luiz Paulo Moura, diretor de propriedades esportivas da agência Dream Factory, uma das organizadoras do evento.
 
A tentativa de Gatlin de ser visto com melhores olhos foi confirmada por três funcionários contatados por repórteres do UOL. Eles afirmaram que ele se mostrou extremamente educado e simpático, o que também pode ser visto na relação do atleta com jornalistas. Gatlin ainda ensaiou passos de samba em entrevistas a emissoras de TV.
 
“A surpresa foi bacana porque o Gatlin é uma superpessoa além de ser um superatleta. A gente viu isso aqui: a simpatia dele com o público, com a imprensa toda, o astral e a felicidade dele. O Bolt é um atleta fenomenal, e como personagem também é sensacional. Você tem alguns exemplos assim – o Guga, no tênis, é alguém com esse carisma. Você tem personalidades tão especiais quanto [como Justin Gatlin], mas elas ficam disfarçadas porque outros oponentes são muito fortes”, explicou Moura.
 
A fama de vilão, é fato, incomoda Gatlin, e ele inclusive já comentou isso recentemente. “Eu não sou o bad guy [cara mau, na tradução]. Sou um competidor, mas sou uma boa pessoa”, afirmou o atleta.
 

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