Jovens fazem a festa na Pré São Silvestrinha no Ibirapuera

Garotas largam para prova dos 100 metros / Foto: Fernanda Paradizo / IMST

São Paulo - As crianças e adolescentes, em busca da renovação para o futuro do atletismo brasileiro, participaram na manhã deste domingo (15) da Pré São Silvestrinha na tradicional pista do Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera. 
 
Garotos e garotas de 6 a 15 anos disputaram 22 provas, 20 delas de velocidade, com distâncias entre 50 e 600 metros, além de outras duas especiais do salto em distância para cada categoria, feminina e masculina.
 
Na primeira prova do dia, os 50 metros para corredores com 6 anos de idade, Gabriela Moraes da Silva, do projeto social "TKD A Irmandade", de Cangaíba, na zona Leste da capital, demonstrou toda a alegria em disputar sua primeira prova. "Gosto muito do atletismo, apesar de meu esporte favorito ser o taekwondo. Mas o que eu mais gosto de fazer é brincar com minhas amigas", confessou a pequena atleta. Ao passar a linha de chegada e ganhar sua medalha, Gabriela recebeu os parabéns de seu professor, Leonardo Honorato.
 
Vitor Lopes, de 12 anos, disputou a prova mais famosa do atletismo, os 100 metros. O jovem da EMEF Professor Clemente Pastore, no Jardim Nakamura, zona Sul de São Paulo, estava duplamente feliz. Além de participar da Pré São Silvestrinha, o adolescente comemorou a recentemente aprovação na peneira do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP). "Vim aqui para me divertir com os amigos. Há pouco tempo consegui uma vaga no Centro Olímpico, isso é o que mais me alegra hoje. Estou treinando três vezes por semana e quem me traz inspiração é o jamaicano Usain Bolt. Ele corre muito", contou o garoto.
 
Quem acompanhou Vitor durante a prova foi Mohamed Osman, seu professor de educação física. "A emoção é grande. É muito gratificante ver os resultados quando você transmite para os alunos aquilo que você sabe. A gente vê a evolução deles, quando passam em peneiras para dar continuidade ao sonho de serem atletas profissionais", afirmou Mohamed. "Acredito que não só ele mas outros alunos meus, que também passaram na peneira do Centro Olímpico, podem ir longe no esporte. O resultado do nosso trabalho, nos sete anos em que realizamos o Projeto Ampliar, apoiado pela Prefeitura de São Paulo e hoje com quase cem alunos, é prazeroso porque aponta para um futuro melhor. O esporte pode favorecer toda a família", completou o professor.
 
Ezequiel de Souza, de 15 anos, venceu a segunda bateria da prova mais dura do dia, os 600 metros. A vitória do aluno da Escola Estadual Willian Rodrigues Rebua, de Carapicuíba, foi conquistada nos últimos 50 metros. "Treino todos os dias da semana para o meu tipo de prova preferida, as de velocidade. Segurei o ritmo no começo acompanhando os passos dos adversários. Quando eu senti que era a hora certa, acelerei e fiz o máximo que pude. Fico feliz, pois essa é a primeira vez que participo dessa competição. Espero voltar no dia 28 na São Silvestrinha. Na distância que for, irei com tudo", vibrou Ezequiel.
 
No fim do campeonato, por um pedido especial da organização, foi realizada a prova do salto em distância, com alunos e alunas de todas as escolas. Raquel Nascimento, de 13 anos, se arriscou na prova que não era sua especialidade, mas ficou contente por poder saltar após corre os 100 m rasos. Atleta treinada pelo professor Luiz Antônio, o Lino, de Osasco, Raquel tem como preferências, os 250 m, 300 m com barreiras e 100 m rasos. "Eu já saltei uma vez e gostei bastante. Quero seguir carreira no atletismo e um dia chegar a uma Olimpíada. Amo muito o esporte, que representa muitas coisas boas pra mim. A cada competição ficou ainda mais motivada", revelou a osasquense, que estará também na São Silvestrinha no fim do mês. "Vou treinar bastante, de segunda a sexta, para a prova de fim de ano. Espero ir muito bem", concluiu. 
 
O Instituto faz uma justa homenagem à modalidade que mais medalhas olímpicas deu para o Brasil no atletismo, o salto triplo. São seis medalhas na história dos Jogos: duas de ouro com Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956), outras duas com Nelson Prudêncio, prata (1968) e bronze (1972), e mais duas de bronze com João do Pulo (1976 e 1980).