Dona de dois recordes mundiais admite doping e pode perdê-los
Rio de Janeiro - A recordista mundial dos 3.000m e 10.000m Wang Junxia, da China, admitiu ter alcançado esses números através de substâncias dopantes proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada).
Os recordes, imbatíveis desde 1993, teriam sido obtidos através de um esquema que injetava nos atletas do técnico Ma Junren substâncias proibidas. Uma carta de 28 de março de 1995, assinada por dez atletas do treinador, veio a público nesta sexta-feira.
"É verdade que o técnico Ma nos agrediu, abusou verbalmente e nos maltratou por anos. Também é verdade que ele nos coagiu e forçou a usar uma grande quantidade de drogas proibidas", traz um trecho do documento.
Se a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf), que afirmou ter aberto uma investigação para investigar o caso, comprovar o doping, todas as marcas de Junxia serão anuladas.
Aos 42 anos, a fundista sempre deixou claro nunca ter usado doping e negou ter feito parte de esquemas desse tipo. Porém, os atletas treinados por Ma junren sempre foram alvo de questionamentos uma vez que integrantes do seu time quebraram 66 recordes mundiais e nacionais só em 1993.
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