Comissão anti-doping da Jamaica reage às acusações

Asafa Powell em Londres 2012 / Foto: Divulgação Iaaf

Jamaica - A Comissão Anti-Doping da Jamaica (JADCO) reagiu às acusações de sua ex-diretora, Anne Shirley, que criticou o governo jamaicano por ter, segundo ela, fechado os olhos para os problemas de controle de doping enfrentados pelo País, apesar de várias recomendações e advertências suas. 
 
Os jamaicanos garantiram que os seus procedimentos estavam de acordo com as normas internacionais e que vêm trabalhando em estreita colaboração com a WADA (Agência Mundial Antidoping), entidade que em julho passado visitou a comissão anti-doping jamaicana e se mostrou satisfeita com os procedimentos que estavam sendo adotados.
 
No artigo de Anne, é rechaçada a ideia de que a ilha, indiscutivelmente uma potência no Atletismo - saiu do Campeonato Mundial de Moscou com nove medalhas de ouro nas provas de velocidade, incluindo as duas de Usain Bolt nos 100 e nos 200 m rasos -, faça exames antidoping periodicamente. Nos cinco meses que anteceredam os Jogos de Londres, a Jamaica teria executado apenas uma vistoria de antidoping (exceto as da competição).
 
A antiga diretora chamou de um furacão nível cinco, a caminho da Jamaica, o fato de ultimamente atletas proeminentes do País terem testado positivo no doping. Anne se referiu aos campeões olímpicos Asafa Powell e Sherone Simpson, que foram pegos no mês anterior ao Mundial de Moscou devido a suplementos com ingredientes proibidos pelo comitê, e à tricampeã olímpica Veronica Campbell-Brown, flagrada semanas antes por conta de um diurético banido pela IAAF - o órgão máximo do atletismo mundial. 
 
Ainda engatinhando, a JADCo já enfrentou sérias inquisições desde sua criação. Em 2010, apenas dois anos após sua implementação, todos os 15 membros da diretoria foram dissolvidos após David Howman, principal nome da WADA (Agência Mundial Antidoping), denunciar a ligação dos conselheiros com empresas desportivas da Jamaica.