Vela do Brasil pode repetir sucesso de Weymouth no Mundial da Austrália

Parte da equipe brasileira em Weymouth / Foto: ZDL / DivulgaçãoWeymouth - Depois do sétimo lugar na classificação geral do evento-teste de 2012, a Equipe Brasileira de Vela tentará em dezembro, na Austrália, obter o maior número de vagas para a Olimpíada. Estarão em jogo no Mundial de Perth 75% das vagas para os Jogos.

O time nacional desta vez terá mais integrantes em todas as classes. No Match Race, por exemplo, pelo menos duas tripulações estarão na Oceania para classificar o País. Os representantes de cada categoria serão definidos no ano que vem.

Na avaliação do superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, o time do Brasil repetirá a mesma estratégia para oferecer as melhores condições.

"Nosso objetivo é manter o nível técnico da vela brasileira, que é referência no mundo. Os velejadores alcançaram excelentes resultados na raia de Weymouth e provaram que podem brigar de igual para igual em praticamente todas as classes. Por isso vamos aprimorar nosso staff e incentivar o intercâmbio", revelou.

A característica imprevisível da raia onde serão realizadas as regatas olímpicas chamou a atenção dos velejadores. Por isso, a maior parte da equipe veio até Weymouth mais de uma vez para buscar as melhores rajadas.

"Nossa dupla se adaptou bem à raia olímpica. A gente espera novamente ventos fortes em 2012. Falta muita coisa para evoluir ainda, mas o foco é chegar tranquilo na Olimpíada. Nos últimos seis meses, nós intensificamos os nossos treinos e deu certo", revelou Robert Scheidt, que levou o ouro na classe Star ao lado de Bruno Prada.

E, mais uma vez, os velejadores terão à disposição todos os profissionais que estiveram em Weymouth. No evento inglês, o time brasileiro contou com um time multidisciplinar, que envolvia desde apoio médico, na água e até meteorologista.

"É importante ter uma previsão do regime de ventos do campeonato. Nós analisamos os panoramas e tentamos aplicar nas regatas. Mesmo assim, durante as provas, as decisões são rápidas", lembrou a medalhista olímpica Fernanda Oliveira, que ficou em quinto na 470 ao lado de Ana Barbachan.

Um pit stop de ouro - Quatro velejadores que estiveram em Weymouth e mais o chefe da equipe disputarão também os Jogos Pan-Americanos, em outubro. Os representantes da Laser serão Bruno Fontes e Adriana Kostiw. Na RS:X, Ricardo Winicki e Patrícia Freitas têm chances reais de ouro. O líder do time, Cláudio Biekarck, se juntará à tripulação de Lightning em águas mexicanas.

"No Pan, as condições são diferentes da Inglaterra. Sai vento forte e entra vento fraco. Isso exige uma mudança na parte física. Entretanto, as condições podem nivelar as regatas por baixo", ponderou Ricardo Baggio.