Dias antes da Olimpíada, campeonato reúne maiores talentos da vela nacional

Largada / Foto: Rolex / Carlo Borlenghi

Ilhabela - Maior evento náutico da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week de 2012 promete ser uma das mais empolgantes e técnicas das 38 edições disputadas até agora. Dias antes de começar os Jogos de Londres, o público poderá ver de perto velejadores e árbitros que fazem a história da modalidade e contribuem para manter o País como potência na vela. 

O Brasil tem 16 medalhas olímpicas e, pelo menos, quatro velejadores que já subiram ao pódio estarão no Yacht Club de Ilhabela (YCI). Entre eles, o maior medalhista da vela mundial, Torben Grael, seu irmão Lars, o primeiro campeão olímpico Eduardo Penido e o favorito ao ouro na Star em Londres, Bruno Prada. O evento terá 150 barcos do Brasil, Argentina e Chile e mais de 1.400 velejadores.

As regatas de todas as classes (ORC, BRA-RGS, HPE, S40 e C30) começam neste domingo (8) com a Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil, Ilha de Toque-Toque por Boreste e a Renato Frankenthal - HPE 25, a partir de 9h30.Favorito ao ouro em Londres, o proeiro Bruno Prada escolheu a Rolex Ilhabela Sailing Week como última competição antes das regatas valendo medalha na raia de Weymouth.

As provas em Ilhabela terminam 10 dias antes da abertura da Olimpíada de 2012. Mesmo sem o parceiro Robert Scheidt, que ficou na Europa, Bruno tentará o título na classe HPE, talvez a mais parecida com as classes olímpicas. "Vou me divertir correndo com o Ginga na Rolex Ilhabela Sailing Week. As duas semanas antes de embarcar para os Jogos vou passar com a minha família em Ilhabela. É o lugar que eu mais gosto de estar. Vou pedalar bastante para manter a parte física com minha esposa Carla, que é triatleta. Além disso, vou ficar com meus filhos, que me ajudam a recarregar a bateria para a Olimpíada". Em 2011, Bruno Prada correu a Rolex Ilhabela Sailing Week com o Max/Oakley e terminou em quarto lugar. Porém, o seu parceiro de Star Robert Scheidt levou a melhor, faturando o título timoneando o Atrevido.

Outra que disputará a Olimpíada em Ilhabela é Adriana Kostiw. Em fase final de preparação, a velejadora da classe Laser Radial disputará a prova de abertura do evento também na classe HPE, a chamada Renato Frankenthal. Adriana estará em um veleiro só de mulheres: o Corum/ICS.


O maior campeão olímpico do País, Torben Grael, será um dos destaques com o veleiro Mitsubishi/Energisa na S40. Com cinco medalhas dos Jogos e título na Volvo Ocean Race, o velejador é apontado como um dos mais completos da história da modalidade. Porém, Torben sabe que currículo apenas não vence regata. "Como todos os barcos são iguais na nossa classe, a tendência é ter muito equilíbrio em Ilhabela. Treinos e entrosamento levam a um bom desempenho".

O primeiro campeão olímpico da vela nacional em Moscou/80 foi Eduardo Penido. O velejador hoje se dedica às classes de oceano e marca presença todos os anos na Rolex Ilhabela Sailing Week. Desta vez, porém, ele dividirá as atenções com a filha Kyra Penido, que assumiu seu lugar como navegadora do Carioca, na classe S40. "Meu pai me ensinou quase tudo que sei, ele sempre me incentivou muito! Sua influência me fez velejar de 420 logo quando eu acabei o Optimist e assim eu consegui alguns títulos de monotipo, como por exemplo, o primeiro lugar no campeonato Sul-americano de 420 junto com a Juliana Mota. Acho que essa minha experiência em barcos menores me ajuda a ser uma velejadora mais confiante no oceano". Kyra terá um iPad para passar as principais informações sobre vento e corrente aos companheiros de equipe. O computador é capaz de prever quantos segundos você está adiantado ou atrasado em relação a linha de largada, além de outros detalhes pertinentes às regatas.

"Serão os melhores da vela oceânica da América Latina", define José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI. "A maioria das classes convidadas foi desenvolvida ou fabricadas no Brasil, como S40, HPE e a mais recente C30. O evento terá ainda a BRA-RGS, categoria com mais veleiros na água e a ORC, conceituada mundialmente e famosa por ser dos barcos grandes. Nos últimos 12 anos vimos a força da vela oceânica nacional no Yacht Club de Ilhabela e apoiamos o crescimento e surgimento das categorias".

Juízes olímpicos - A organização escalou especialistas do Brasil, Argentina, Uruguai e Espanha na água para julgar protestos em tempo real. Serão 10 juízes de nível internacional chefiados pelo gaúcho Nelson Ilha, que já atuou em três Jogos Pan-Americanos e em vai para sua quinta Olimpíada, além de integrar o quadro oficial da ISAF.

"O grupo de árbitros acompanhará as regatas de perto e julgará os pedidos de protesto na hora, não havendo casos para serem resolvidos em terra. Isso agiliza a competição", conta Cuca Sodré, presidente da Comissão de Regatas da Rolex Ilhabela Sailing Week. As classes HPE25, C30 e S40, que são one-design, terão este tipo de julgamento. Já as que possuem rating, como ORC e RGS seguem com o mesmo processo, ou seja, o julgamento dos protestos após as regatas, em terra.

As classes:

S40 - Pela quarta vez, o Yacht Club de Ilhabela (YCI) terá a reunião dos melhores velejadores da classe, que inclui Torben Grael e Lars Grael entre os mais famosos. O Soto 40 é projetado pelo argentino Javier Soto Acebal, o mesmo que desenhou os HPE, que caíram no gosto dos principais velejadores do País. "É um barco espartano. Comparável aos carros de Fórmula 1. Se chover ou fizer frio, todos irão sofrer. Por isso, acredito que é uma classe diferenciada e muito profissional", revela o tático do Crioula, Samuel Albrecht.

Classificado como uma máquina de regatas, as embarcações de 40 pés são rápidas (podendo chegar a 40 km/h) e planadoras, com 12,3 m de comprimento, 3,75 m de boca, 2,60 m de calado e desloca apenas 4.200 quilos. "O Brasil precisava de uma categoria de oceano. Foi difícil criar essa mentalidade entre os velejadores. Começamos com barcos menores e mais baratos na HPE e agora a batalha é na S40. O objetivo é consolidar, definitivamente, a classe no Brasil", explica Souza Ramos.

C30 - Estreante na Rolex 2012, a C30 é mais uma one-design que veio para ficar. A classe atende as exigências das regatas de oceano: custo benefício, velocidade e competitividade. O veleiro é desenhado para regatas sem tempo corrigido (rating) já que é idêntico ao do adversário, e a tripulação é o único diferencial. Ou seja, vence quem veleja melhor. O peso do barco é de 1900 quilos e pode receber seis velejadores (timoneiro, tático, dois trimmers, proeiro e
secretaria) somando 500 quilos.

O C30 é 100% nacional e se junta ao HPE e ao S40 como opções para regatas de oceano sem rating. O barco, projetado por Horácio Carabelli, experiente velejador de Volta ao Mundo, é construído em São José dos Campos.

Nas regatas em Ilhabela estarão presentes os veleiros: Loyal TNT, Barracuda Matrix e +Realizado, representando São Paulo e Katana Energia, Kaikias e Corta Vento de Santa Catarina. "É impossível ter previsão de resultados em um one-design. Vence quem veleja melhor e erra menos. A ideia é treinar e evoluir nas provas", revela o presidente da classe, Tarcísio Matos. Na avaliação dos velejadores, o C30 é um barco com desempenho diferenciado, com muita tecnologia e inovação, e bastante rápido.

"O Yacht Club de Ilhabela (YCI), mais uma vez, foi palco de uma estreia mundial. Depois do HPE, temos uma classe 100% nacional que chega para ficar. Defino o C30 como performance ideal para o tamanho do barco, que é super moderno, tem excelente construção, é muito rápido e possui ótimo custo beneficio. A classe fez a estreia com dois barcos no segundo semestre do ano passado no YCI, durante a Copa Suzuki Jimny, mas agora a competição será para valer com seis veleiros", explica José Nolasco, diretor de vela do YCI.

HPE - Mais procurada e parecida com as classes olímpicas, o HPE25 ganha cada vez mais espaço entre os barcos de oceano. Iguais e com a regra de quem chegar na frente leva a vitória da prova, os barcos estão cada vez mais rápidos e competitivos. O HPE foi desenvolvido no Brasil e é fabricado pela Zonda Boats. Os quatro ou cinco integrantes devem somar, juntos, até 360 quilos.

Serão 27 barcos na raia, recorde absoluto desde que a classe foi criada em 2004. No ano passado foram 22. Design arrojado, agilidade na água e equilíbrio nas competições fazem com que campeões mundiais como Bruno Prada, Maurício Santa Cruz, Martine Grael, entre outros, escolham a categoria para competir em alto nível. A similaridade com as classes olímpicas e o custo benefício (média de R$ 100 mil por unidade) também podem explicar os motivos de tanta gente com currículo na vela escolher os veleiros HPE.

A campeã mundial da juventude de 2009, Martine Grael, optou pela categoria para dar um calor nos homens, que ainda predominam nas raias da HPE. Antes do ouro do Mundial Militar, em 2011, a filha de Torben ajudou o Atik da Marinha do Brasil a fechar o campeonato em terceiro lugar. "Dessa vez não tem o Robert Scheidt. Vamos brigar pelo título", relata a velejadora, que estará ao lado da medalhista olímpica Isabel Swan.

Bicampeão pan-americano e tri mundial de J/24, Maurício Santa Cruz também será um dos destaques da Rolex Ilhabela Sailing Week. Integrante do Relaxa Next, de Roberto Mangabeira, o velejador espera levar a equipe ao título. "Corremos a Copa Suzuki e Mit Sailing Cup e brigamos pela ponta. Estamos preparados para levar o campeonato, numa classe tão competitiva".

ORC - Em momento especial com a participação de nomes de peso da vela de oceano, a classe contará com 40 embarcações no evento. "A ORC tem uma regra que permite a tripulação mostre seu potencial tirando o máximo do barco e o projetista tem espaço para otimizar o trabalho e não está preso ao desenho. Nos veleiros de classe única, os desenhos podem ficar obsoletos. O rating é importante, pois permite que os modelos mais antigos corram com os modernos", pondera Ernesto Breda, que comandará o Tomgape.

A categoria terá a disputa no geral, na qual o Tomgape, antigo Touché, venceu as duas últimas edições, e também as subdivisões 500, 600, 650 e 700. O objetivo da flotilha será tirar a hegemonia dos atuais campeões. "A ORC está bombando no mundo inteiro e o Brasil precisa ter tripulações preparadas. Por isso estamos aqui para fazer valer a importância da classe. Os adversários estão cada vez mais complicados de se bater. Não podemos errar", relata Ernesto Breda, que recebeu a honra de Sergio Cardoso de comandar a embarcação.

O destaque entre os estrangeiros será o Mad Max, da Argentina. Em 2011, a equipe terminou a ORC 600 em segundo lugar. Dessa vez, os hermanos querem vencer a categoria, inclusive ser o Fita Azul, aquele que cruza a linha de chegada da Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste em primeiro. "Vamos disputar o título e representar as cores da Argentina. O Brasil sabe fazer uma competição de alto nível e a vela tem crescido com apoio dos organizadores e patrocinadores. Além disso, as classes one design e as que precisam de rating têm espaço. Nossa modalidade tem sorte por essa diversidade", revela o comandante do Mad Max, Julian Somodi.

BRA-RGS - Os velejadores da classe RGS têm um motivo a mais para prestigiar a Rolex Ilhabela Sailig Week de 2012. Além de ser a maior regata da América Latina, o evento sediará, em paralelo, o Brasileiro da categoria, que tradicionalmente leva o maior número de barcos nas subdivisões Maxi, A,B,C e Cruiser. A classe receberá mais de 60 veleiros para a 39ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week.

A RGS é competitiva, graças à regra equalizada. O campeão será quem tiver o melhor aproveitamento nas quatro divisões. Embarcações de 21 a 53 pés correm juntas e em condições de igualdade na disputa pelo título. "A credibilidade atraiu a participação de velejadores técnicos e de forte expressão na vela oceânica. Esse expressivo aumento de barcos na raias levou as tripulações a se prepararem melhor, com treinamentos, participação de regatas e investimento em equipamentos. Isto se reflete no excelente nível técnico da BRA-RGS", explica o presidente nacional da classe, Walter Becker.

Brasileiros de Skipper 21 e Skipper 30 - A Rolex Ilhabela Sailing Week será palco dos Brasileiros de Skipper 21 e 30, com prêmios aos vencedores. Os barcos devem estar inscritos na classe ORC para concorrer ao evento paralelo. O critério de medir na ORC foi mantido, já que existem veleiros com pesos diferentes. Assim, os critérios, segundo a organização, ficariam mais justos.

Programação da Rolex Ilhabela Sailing Week:

5/7 - 10h às 22h - Inscrições no YCI

6/7 - 9h às 23h - Inscrições no YCI
- 20h - Abertura oficial

7/7 - 9h às 23h - Inscrições no YCI

8/7 - 9h30 - Regata Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil (S-40, C-30, ORC 500-600-650 e BRA-RGS A - B Cruiser)
- 9h45 - Regata Renato Frankenthal (HPE)
- 10h - Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (ORC 700, BRA-RGS C e M
24,5)

9/7 - Dia livre

10/7 - 12h - Regatas para todas as classes
- 18h - Premiações Fita-Azul
- 19h - Palestra ABVO - Novos Rumos da Vela Oceânica no País e no Mundo 

11/7 - 12h - Regatas de percurso médio para todas as classes
- 17h30 - Confraternização

12/7 - 12h - Regatas para todas as classes
- 17h - Confraternização

13/7 - 12h - Regatas para todas as classes
- 17h - Confraternização
- 18h - Palestra: "O estado do nosso oceano", por Philippe Cousteau Jr e Thassanee Wanick
- 19h - Premiação do Campeonato Sul-Americano S 40 e ORC
- 19h - Premiação do Campeonato Brasileiro e Campeonato das Classes RGS, C30 e M24,5

14/7 - 12h - Regatas para todas as classes
- 17h - Confraternização
- 19h30 - Primeira Premiação dos vencedores da Rolex Ilhabela Sailing Week
- 21h - Segunda Premiação dos vencedores da Rolex Ilhabela Sailing Week

Estrada interditada - Os velejadores que utilizarem a Rodovia dos Tamoios (SP-099) devem ter atenção durante o trajeto até Ilhabela e no retorno. Em decorrência das obras de duplicação da estrada, a Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S/A - interditará totalmente o trecho entre os quilômetros 14 e 55 de terça a quinta-feira no horário das 12h às 14h. O período estimado para execução da obra é de 20 meses. A orientação da Dersa é programar os horários de viagem ao litoral norte. Mais informações pelo telefone 0800 055 5510.

Turismo -A Capital da Vela no Brasil está pronta para receber os visitantes. A expectativa da Secretaria de Turismo do município é que Ilhabela registre a presença de mais de 80 mil turistas durante o mês de julho, em pleno inverno. Além de acompanhar as competições, os turistas que visitarem a ilha terão opções de laser como ecoturismo e cultura. Os mais procurados são trekking e turismo off road, os já tradicionais passeios de jipe pelos pontos mais bonitos e pouco habitados da cidade. A fauna e flora de Ilhabela estão na lista de atrações imperdíveis. São 3.000 espécies de aves marinhas e migratórias que passam pela região.

Meio ambiente - Rolex Ilhabela Sailing Week, apoiará, mais uma vez, as causas sócio-ambientais na 39ª edição. Além de reciclar todo lixo do evento e orientar velejadores sobre o destino dos resíduos no Yacht Club de Ilhabela (YCI), o maior evento náutico da América Latina será importante ponto para assinatura da Petição Pública da ONG VIVAMAR relacionada à preservação e criação do Parque Nacional Marinho de Alcatrazes. O processo está em tramitação em Brasília aguardando liberação do Governo Federal.

A ilha principal do arquipélago, que se parece com o Pão de Açúcar no meio do Atlântico Sul, faz parte do roteiro da competição, principalmente na regata de abertura, a Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil, marcada para o dia 8 de julho. Antes da largada, todos os participantes poderão preencher o documento na entrada do YCI ou pelo site www.risw.com.br [1] e ajudar a sensibilizar o Ministério do Meio Ambiente a agilizar o processo.

"A área é visualmente fantástica e tem importância estratégica para o meio ambiente marinho. Nosso objetivo com esta petição é mostrar que a comunidade náutica e a população quer a criação do parque e liberação da visitação monitorada. Os velejadores podem apoiar essa causa e sensibilizar as autoridades, já que são quase as únicas testemunhas da beleza do arquipélago", explica Júlio Cardoso, diretor de meio ambiente do YCI.

"Na nossa última expedição com apoio da Marinha e do ICMbio, por exemplo, encontramos três espécies diferentes de golfinhos e duas Baleias-de-Bryde. Além disso, a visibilidade da água era de incríveis 25 metros no entorno do arquipélago", recorda em referência a expedição que saiu do clube com 20 barcos ocorrida em abril deste ano.

O tema da sustentabilidade e proteção aos oceanos também terá destaque no evento. O ativista ambiental Philippe Cousteau Jr., neto do lendário Jacques Costeau, fará uma palestra na sexta-feira, dia 13, ao lado de Thassanee Wanick, fundadora da ONG Green Building Council Brasil. Philippe é correspondente especial da CNN Internacional e notório defensor do meio ambiente.

Os sócios - Os sócios do YCI, além de prestigiar as regatas, ajudam os companheiros que levam os barcos a Ilhabela vindos de outros países e estados. Além dos velejadores, o corpo associativo é eclético e envolve o sócio pescador, aquele do barco à motor e o social na Rolex Ilhabela Sailing Week, com espaços vips, degustações e muita diversão para as crianças

"A participação de nossos associados é de extrema importância para o clube. Todos têm condição de conseguir grandes resultados e ajudam a abrilhantar a grande festa náutica que é a Rolex Ilhabela Sailing Week, a maior da América Latina", enfatiza José Nolasco, diretor de vela do YCI.

Resultados de 2011

S40
1º - Pisco Sour (CHI-Pablo Despotin) - 23 pontos perdidos
2º - Patagonia (ARG-Norberto Alvarez) - 25
3º - Mitsubishi / Gol (Marco Grael) - 34
4º - Mitsubishi / Acuario II (CHI-Horacio Pavez) - 37
5º - Macaco (CHI-Per von Appen) - 40
6º - Crioula (Samuel Albrecht) - 40

HPE 
1º - Atrevido (Fábio Bocciarelli) - 31
2º - BSS (Marcelo Christiansen) - 35
3º - Atik (Martine Grael) - 39
4º - Oakley/Max (Anderson Biason) - 39
5º - Bond Girl (Rique Wanderley) - 43
6º - Bixiga (Pino Di Segni) - 50

ORC Geral
1º - Touché (Ernesto Breda) - 24
2º - Katana/Energia (Fábio Filippon) - 34
3º - Kiron (Leonardo Guillermo Cal) - 37
4º - San Chico 2/Gillette (Francisco Freitas) - 41
5º - Miragem (Paulo Roberto Freire) - 58

ORC 500
1º - Touché (Ernesto Breda) - 8
2º - J Cabot Gaucho (ARG-Carlos Belchor) - 23
3º - Marujo'S (Gerald Wicks Jr.) - 27
4º - Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad) - 31
5º - Humildad Zero (ARG-Daniel Figueirido) - 35

ORC 600
1º - Miragem (Paulo Roberto Freire) 27
2º - Mad Max (ARG-Julian Somodi) - 35
3º - Lucky (Renan de Carvalho) - 37
4º - Absoluto (Renato Monteiro) - 37
5º - Matrero (ARG-Turíbio de Archaval) - 37

ORC 650
1º - Katana/Energia (Fábio Filippon) - 15
2º - Kíron (Leonardo Guillermo Cal) - 16
3º - San Chico 2/Gillette (Francisco Freitas) - 19
4º - Samurai Ni (Marins Alves de Camargo Neto) - 28
5º - Orson Serelocco (Fábio Faccio) - 42

ORC 700 
1º - Rajada (Márcio Finamore) - 8
2º - Alegria (Ricardo Ramalho) - 22
3º - Angra (Escola Naval) - 23
4º - Cação (Escola Naval) - 24
5º - Zeppa (Diego Zaragoza) - 37

RGS-A
1º - Jazz (Valéria Ravani) - 10
2º - Saravah (Pierre Joullié) - 16
3º - Fram (Felipe Aidar) - 23
4º - Jylic-II (Martin Bonato) - 24
5º - Maria Preta (José Roberto Barretti) - 25

RGS-B
1º - Borimbora (Ricardo Lebreiro) - 14
2º - Alísios (Fábio Santarosa) - 16
3º - BL3/Dominicci (Clauberto Andrade) - 23
4º - Anequim (Paulo de Moura) - 26
5º - Nomad (Mauro Dottori) - 29

RGS-C
1º - Xiliki (Renato Bosso) - 6
2º - Khamsin (Fábio Simas Jr.) - 15
3º - Ariel (Luis Henrique Pimenta) - 19
4º - Mister Zé (Ciro Engracia de Oliveira) - 20
5º - Santeria (Rodrigo Martins) - 30

RGS-Cruiser
1º - Apoena (Marcos de Oliveira César) - 10
2º - Chrispin II (José Carlos Rodrigues) - 15
3º - Cocoon (Luiz Marcelo Caggiano) - 19
4º - Geronimo (André Diomelli) - 30
5º - For Sale (Décio Goldfarb) - 36

Beneteau 40.7
1º - Absoluto - 10
2º - Zeus (Inácio Vandressen) - 15
3º - Marlin (Gabriel Marchesi) - 18
4º - Dourado (Escola Naval) - 27
5º - Bijupirá (Escola Naval) - 29

Skipper 21
1º - Rajada (Márcio Finamore) -
2º - Semp Toshiba / Marinha do Brasil (Juliana Senfft) - 12
3º - Alegria (Ricardo Ramalho) - 25
4º - Angra (Escola Naval) - 26
5º - Cação (Escola Naval) - 27