Da Inglaterra à China: dupla de 470 parte de evento-teste olímpico para Universíade

Objetivo é o ouro na Universíade / Foto: Fred Hoffmann / ZDLWeymouth - Foram mais de 24 horas de viagem do sudoeste da Inglaterra até Hong Kong na China e depois mais uma jornada por terra até Shenzhen. Mesmo cansados, os gaúchos Fábio Pillar e Gustavo Thiessen tentarão ganhar o ouro na desconhecida competição de vela da Universíade 2011. A regata de abertura será nesta quinta-feira, dia 18 de Agosto.

Na última semana, os brasileiros terminaram em 17º no evento-teste na raia olímpica inglesa. Agora as atenções estão voltadas à distante cidade de Shenzhen para a disputa da classe 470. Entretanto, a falta de informações sobre os adversários e os ventos mais fracos do que Weymouth podem jogar contra.

"E não sei ainda o nível dos nossos rivais. A única certeza é que será mais fraco do que o simulado olímpico. Nossa dupla pode chegar com vantagem por disputar com os melhores do mundo o evento-teste", disse Gustavo Thiessen, estudante de administração em Porto Alegre.

Já Fábio Pillar, candidato a um diploma da OAB, tem outro ponto de vista sobre a vela na baía de Shenzhen, que terá 20 barcos da 470. "A gente espera um campeonato com menos vento e com velejadores mais novos. Não sabemos ainda como vai ser, mas vamos tentar o ouro na classe".

O Brasil será representado por mais seis atletas na Universíade. Além de Fábio Pillar e Gustavo Thiessen, Isabel Swan e Martine Grael são as favoritas na versão feminina da classe 470. No Laser, Alex Veeren e Odile Ginaid levam a tradição da categoria para a China. Na RS:X, o novo talento do windsurf Albert Lopes usará os ensinamentos do ‘padrinho’ Ricardo Bimba Winicki na competição. No feminino, a medalhista pan-americana Patrícia Castro defenderá as cores brasileiras.

"Este time conta com alguns dos principais nomes da vela brasileira e vamos disputar medalhas em todas as classes. São atletas que estão ou já passaram pela seleção principal olímpica e estão na disputa das seletivas para Londres 2012", destacou o técnico Jônatas Gonçalves.

Cada vez mais próximos - A experiência em Weymouth, principalmente o intercâmbio com os europeus, possibilitou à dupla conhecer novas regulagens de vela. A categoria está em constante evolução no Velho Continente e correr eventos como o teste olímpico, segundo Fábio Pillar, é importante para não ficar distante do nível dos melhores.

"Nós cometemos alguns erros nas regatas de Weymouth, mas certamente poderíamos ter um melhor resultado. Agora, nosso objetivo é aumentar os treinos com o barco novo para brigar de igual para igual com os europeus", reforçou Fábio Pillar. Todo o desenvolvimento de material é feito na Europa para a classe 470.