Após tirar pulmão, argentino compete e sonha com medalha

Santiago tirou um pulmão e voltou a velejar com sua parceira Cecilia / Foto: Gustavo Cherro / Red Bull Content Pool

Rio de Janeiro – O velejador argentino Santiago Lange, duas vezes medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos (Atenas 2004 e Pequim 2008), comoveu a todos quando anunciou ter tirado um pulmão depois de ter sido diagnosticado com câncer.
 
Na época, o atleta não estava certo quanto a competir na Rio 2016, quando teria 54 anos e cinco Olimpíadas no currículo. A dúvida pairava mesmo depois de ele ter conquistado, ao lado de Cecilia Carranza, o vice-campeonato mundial em 2014 na nova classe Nacra 17 e, consequentemente, a classificação para os Jogos do Rio.
 
Agora, porém, recuperado da cirurgia, o atleta conseguiu com Cecilia um 10º lugar geral no Campeonato Sul-Americano, a dúvida foi embora. Em terras brasileiras disputando a Copa Brasil desde a última terça, o argentino já consegue sonhar com uma terceira medalha olímpica.
 
“Estou contente depois do que passou. Estar bem fisicamente e seguir velejando e como estamos com o pouco tempo que velejamos este ano. A Olimpíada ainda está 100% na meta. Não posso assegurar que vamos ganhar uma medalha, mas no meu sonho vamos seguir trabalhando para poder chegar nas Olimpíadas com possibilidade”, garante Santiago.
 
O argentino admite, contudo, dificuldades em alcançar uma melhor forma física. “Não tenho a condição física que tinha um ano atrás. Perdemos boa parte desta temporada que era importante para nós. Mas são coisas que passam e o importante é olhar para frente”, emenda, em entrevista ao Globoesporte.com.
 
Sua parceira de barco, Cecilia, conta que respeitou o tempo de recuperação de Santiago e que agora estão em ritmo normal de treinos. “Desde que chegamos ao Rio treinamos 15 dias seguidos. Isso é muito. Santiago é muito forte de cabeça e tem bastante energia. Acho que falta muito pouco para chegar no mesmo ritmo de antes”, conclui.
 
Santiago e Cecilia ainda têm quatro campeonatos pela frente até os Jogos Olímpicos. Depois de agosto, quando acaba a Rio 2016, a dupla deve chegar ao fim.
 
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