Além da poluição, avião também atrapalha velejadores na Baía

Na RS:X qualquer vento mais forte é capaz de mexer com as pranchas e velas / Foto: Fred Hoffmann

Rio de Janeiro - Pode parecer estranho à primeira vista, mas sim, os aviões têm interferido nas regatas do evento-teste de vela realizado na Baía de Guanabara durante essa semana.
 
Nesta quarta-feira foi possível constatar a real necessidade de que o espaço aéreo seja fechado durante os Jogos Olímpicos para evitar grandes alterações no desempenho dos atletas. 
 
Em determinado momento, durante a prova da categoria RS:X masculina, um avião passava em rota de aterrissagem para o aeroporto Santos Dumont, na região portuária do Rio. Em poucos segundos as fortes rajadas do avião, em cima da regata, causaram estragos. 
 
Como essa é uma classe com prancha e na qual as velas são muito mais leves, alguns atletas conseguiram aumentar a velocidade em até cinco vezes; outros, no entanto, acabaram caindo na água. O brasileiro Bimba não caiu, mas também não aproveitou o embalo do vento como queria. 
 
"A gente aprende na escola que o avião tem de decolar e pousar contra o vento. Então ele vem, contorna o Pão de Açúcar, passa baixinho na raia e pousa. Aí o vento que está de três nós passa para 15. A estratégia foi seguir para onde o avião iria", relatou o velejador para o UOL Esporte. Bimba classificou a regata como "uma trapalhada". 
 
Na medal race, a regata que vale medalha, porém, ele está garantido: se classificou na oitava posição, dentre dez vagas. 
 
Além dessa influência causada no desempenho dos velejadores, os aviões deverão ser impedidos de voar em cima das raias olímpicas por conta da transmissão das provas, que deverá ser feita por helicópteros durante os Jogos Olímpicos. O espaço aéreo deverá então ser fechado, mas ainda não se sabe quantas horas por dia. 
 
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