Na piscina, Brasil somou 30 medalhas no Pan de Guadalajara

O "país" CBDA ficaria em nono lugar no quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, encerrados no último domingo, 30/10 / Foto: CBDA / DivulgaçãoRio de Janeiro - O "país" CBDA ficaria em nono lugar no quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, encerrados no último domingo, 30/10. Foram 30 pódios para os esportes aquáticos do Brasil (10 de ouro, 9 de prata e 11 de bronze). Além de aumentar o número de conquistas de atletas consagrados, a competição também deu novos nomes para o país observar e admirar.



- Os esportes aquáticos tem muito orgulho da contribuição que dão para o esporte brasileiro. Temos bons resultados porque trabalhamos muito e em parceria com muita gente, com todas as Federações, clubes e, principalmente, com o Comitê Olímpico Brasileiro. Temos patrocinadores fortes, parceiros de todas as horas e que tornam viáveis nossos projetos em prol dos atletas. Agradeço de coração aos Correios, há 20 anos conosco; ao Bradesco, Speedo e a Sadia, novo apoiador que tenho certeza que veio para ficar- disse o presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho.

A natação subiu 24 vezes no pódio mexicano para ganhar o ouro em 10 ocasiões, a prata em oito e o bronze por seis vezes. Uma performance que melhora a do Rio 2007 pois embora tenha obtido mesmo número total, foi superior no número de medalhas de prata (8 a 6). O time obteve quatro dos 16 recordes pan-americanos quebrados. 

A altitude, o fato de ser a primeira edição da competição após a realização em casa e problemas com a organização foram obstáculos ultrapassados pela delegação como um todo. Para a natação, ainda aconteceram dois cortes de atletas, eliminatórias disputadas na altitude em provas longas como 800m e 1500m livre e a retirada da parte de trás do bloco de partida.

Ao lado de Thiago Pereira - o maior medalhista de ouro do país na história dos Jogos - e Cesar Cielo, um dos grandes nomes natação mundial, brilharam Felipe França, Bruno Fratus, Leonardo de Deus, Joanna Maranhão, Daynara de Paula, Gracielle Herman e vários outros que levantaram a torcida brasileira. Vale ressaltar que metade do time de nadadores brasileiros em Guadalajara estava em sua primeira experiência em Jogos Pan-Americanos.

- O resultado foi bom porque fizemos uma excelente aclimatação no centro de La Loma, tivemos uma estrutura muito boa oferecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro e porque a equipe estava muito concentrada e profissional. Não tivemos nenhum problema disciplinar. Todos foram conscientizados das dificuldades que encontraríamos e se preparam. Tecnicamente a organização dos eventos de natação foi um caos. Todos os dias aconteciam problemas sérios que iam desde o transporte até a cronometragem, passando pela comida. A retirada da parte de trás do bloco interferiu nos tempos, principalmente nas provas de velocidade. E quando estamos lutando por cada centésimo, isso faz uma diferença brutal. Em função do resultado nos Jogos de Guadalajara já modificamos várias coisas na preparação visando os Jogos Olímpicos de Londres. Todos os que obtiveram medalhas em provas individuais terão programas especiais de preparação - contou o supervisor técnico, Ricardo de Moura.

Equipes renovadas também apresentaram nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais. O nado manteve suas duas medalhas de bronze competindo em confronto direto com as donas casa e com um time muito diverso do que o que disputou o Pan do Rio. Embora Lara Teixeira e Nayara Figueira estivessem na equipe, apenas Lara fazia parte do dueto. Além das duas, as únicas que também competiram em 2007 eram Giovana Stephan e Pâmela Nogueira. Esta última foi reserva da equipe no Rio de Janeiro.

O polo aquático também passou pelo mesmo processo de entrada de novos nomes. Em 2007, as meninas não subiram ao pódio, mas já conquistaram o bronze no México. E no masculino o Brasil foi prata no Rio de Janeiro e conquistou o bronze em Guadalajara com um time jovem e onde apenas dois atletas estiveram na edição anterior (Gabriel Reys e o goleiro Luiz Antônio). Já os Estados Unidos entraram com sua equipe mais experiente, com nove jogadores que também competiram em 2007 e o Canadá, com quatro em sua segunda experiência em Pans.

Os saltos ornamentais tiveram um bronze com Cesar Castro, finalista mundial por duas ocasiões. No time, os experientes Juliana Veloso e Hugo Parisi, mas também novas apostas como Ian Matos, Ruy Marinho, Bruna Brunett, Natali Cruz e Andressa Mendes. Esta última de apenas 14 anos e que já alcançou o 5º lugar na prova de plataforma.

- O Pan-Americano é uma competição forte para os saltos. México, Estados Unidos, Cuba e Canadá estão entre as potências do mundo neste esporte e levam seus principais atletas. Realmente a Andressa é um diamante a ser lapidado - disse Alice Kohler, supervisora de Saltos na CBDA. 

A maratona aquática, disputada em uma única prova de 10 quilômetros que é a distância olímpica, repetiu a prata de Poliana Okimoto, teve Ana Marcela em quinto, Allan do Carmo em 7º e Samuel de Bona em 12º lugar. Em 2007, além do vice-campeonato de Poliana, Allan do Carmo ficara com o bronze. 

- As maratonistas brasileiras estão entre as melhores do mundo. Hoje temos um pelotão de atletas que se revezam nas cinco primeiras posições das principais competições com uma diferença muito pequena de tempo e nós estamos entre elas. Tudo é muito novo nas maratonas. O esporte foi aceito no programa das Olimpíadas em 2005 e desde então o Brasil fez as apostas certas. Em agosto de 2012 a FINA realizará pela primeira vez um Mundial Júnior específico para este esporte. A partir de agora poderemos fazer atletas orientados para as maratonas desde a base, pois antes ficávamos muito dependentes de nadadores vindos das piscinas - analisou a supervisora Christiane Fanzeres.

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