Ana Marcela: transformando decepção em títulos mundiais

Ana Marcela, vitoriosa / Foto: Satiro Sodré

Rio de Janeiro - Em 2011, ela ficou sem chão, quando por uma posição ficou fora dos Jogos Olímpicos de Londres na prova dos 10km do Mundial de Xangai, que serviu como seletiva olímpica para Londres. Ana Marcela Cunha ficou decepcionada, mas não desesperada e jamais pensou em desistir. No mesmo Mundial, dias depois, conquistou o título mundial dos 25km. No ano seguinte, no ano olímpico, foi campeã pela segunda vez da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas, competição toda disputada na distância olímpica de 10km. E agora, praticamente repete o feito, bastando largar na última etapa da Copa do Mundo 2014, na Travessia de Hong Kong, sábado que vem, dia 18/10.

"Terminar em 11º e ficar de fora das Olimpíadas foi uma frustração. Mas aquilo me motivou ainda mais a correr atrás do sonho de qualquer atleta, que é disputar os Jogos (nota: Ana participou da estreia das maratonas aquáticas como modalidade olímpica, em Pequim/2008, quando terminou em 5º lugar). Agora, vou passo a passo, penso somente na próxima prova a disputar. E assim vou montando a estratégia para aquele desafio, conforme as adversárias, a água (fria ou não, com ou sem correnteza, etc) e a temperatura ambiente", disse a baianinha, de 22 anos.
 
No próximo sábado, no encerramento do circuito da FINA, a nadadora do Sesi/SP pode conseguir um feito inédito. O de disputar toda a competição – oito provas – sem sair do pódio. Até o momento, Ana participou das sete etapas realizadas e colocou medalhas no pescoço em todas elas.
 
"Já que o título está garantido, bastando participar da última prova, como manda o regulamento, minha motivação é “medalhar”. Nunca conseguiram isto (já houve casos de alguma atleta subir ao pódio de todas as etapas que ela participou, mas sem ter ido em todas as provas). Em cada travessia, enfrentei condições diversas (sol, chuva, vento, correnteza, água gelada), e ao menos uma adversária de peso, e isto me dá mais experiência e confiança em ser uma atleta mais completa", afirma. 
 
Não será diferente nesta etapa final, que, entre outras, contará com Kari-Anne Payne, da Grã-Bretanha (prata em Pequim/2008 e campeã mundial em 2011 nos 10km de Xangai) e a veterana Angela Maurer, da Alemanha, que já foi campeã da Copa do Mundo e no último Mundial, em Barcelona/2013, foi bronze nos 10km e prata nos 25km.
 
Ana é treinada por Fernando Possenti desde janeiro de 2013. De lá pra cá disputou 14 provas do circuito da Copa do Mundo, e foi medalhista em 10, tendo conquistado 4º, 6º e 9º lugares.
 
"Suas piores colocações foram exatamente em nossa primeira prova, quando tínhamos começado a trabalhar juntos apenas duas semanas antes (9º lugar na Travessia de Santos) e depois num 6º lugar na primeira prova depois das férias merecidas pós título mundial por equipes em Barcelona/2013", disse Possenti, que explicou o foco utilizado com a atleta.
 
“No início do trabalho procurei aperfeiçoar a técnica dela, para só depois buscar aumentar o volume. O trabalho foi coroado com a primeira vitória de Ana no Troféu Maria Lenk de 2013 (ouro nos 800 metros livre). Este ano, o objetivo era conquistar medalhas em todas as etapas, e até o momento isto foi conseguido. Ainda falta uma etapa, mas independente disto, o ano foi muito bom, não só pelo título, mas por ela ter nadado bem”.
 

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