Leal Academia incentiva iniciantes no Circuito Caixa em Salvador

Salvador - Os alunos da Leal Academia chamam atenção nas corridas de rua pela alegria. "Os atletas passam a semana estressados, por isso o nosso intuito é nos divertirmos nas provas", afirma Márcia Leal, treinadora e proprietária da academia. Se, na primeira edição do Circuito de Corridas Caixa em Salvador, as corredoras exibiram trajes caipiras, pela proximidade com as festas juninas, neste ano elas prometem orelhas de coelho e muita festa em homenagem à Páscoa. A etapa de abertura da competição chega a Salvador em 13 de abril.

 

"A chuva atrapalhou um bocado no ano passado, mas a prova do Circuito Caixa foi ótima, bem organizada, com uma boa infraestrutura. Eu nem deveria correr, porque tinha passado por uma operação para retirar o útero na segunda-feira anterior, mas fui assim mesmo, e cheguei até com um pouco de sangramento. Meu médico disse que eu sou maluca, mas todo corredor é meio maluco", conta Márcia, rindo. "Neste ano, teremos pelo menos 70 atletas na prova. Estou levando vários alunos que nunca correram, ou que estão começando agora. Sempre reforço que os iniciantes devem começar com uma prova oficial como a da Caixa, pela estrutura, segurança, presença de ambulância, médico e profissionais de educação física."

 

Um dos iniciantes da Leal Academia na disputa em Salvador será o médico Rodrigo Castelo Branco, ortopedista que trata do filho de Márcia, também atleta. "Meu filho sempre ia às consultas vestido com camisa de corrida. Na segunda consulta, estava justamente com a camisa do Circuito Caixa, e o médico ficou admirado de ver que um rapaz de 14 anos já corria. A mulher dele, anestesista, também corria, mas até então ele não se interessava", conta a treinadora. "Eu o convenci a correr para perder o sobrepeso. Dei a ele a inscrição para uma corrida e o ajudei a completar a prova. O doutor passou a treinar e a segunda prova dele será a do Circuito Caixa, dia 13."

 

Para Márcia, a principal vantagem da corrida é fazer com que no momento da competição, a pessoa deixe de ser quem é no dia a dia - juiz, médico, etc - para ser apenas um atleta em espaço completamente democrático. "A corrida acaba sendo como o divã do psicanalista. É uma válvula de escape", compara a treinadora.