Rússia vigiará jornalistas que cobrirão os Jogos

Vladimir Putin, presidente da Rússia, comanda o grandioso sistema de vigilância dos Jogos de Sochi

Rio de Janeiro - Os repórteres escalados para cobrir as primeiras Olimpíadas de Inverno na Rússia deverão estar cientes de que ficarão sob intensa vigilânica. Ligações dos seus telefones celulares, atividades na internet e qualquer movimento suspeito será acompanhado de perto pelas autoridades russas. 

Isso não é novidade. O que espanta é a falta de esforço da Rússia em ao menos fingir que os jornalistas terão liberdade na cobertura olímpica. Ultimamente, uma série de artigos têm tratado da centralização da vigilância, que excederá a capacidade de monitoramento da própria China comunista, apresentada nos Jogos de Pequim, em 2008. 

A Voz da Rússia, um órgão governamental oficial, publicou um artigo (leia aqui, na íntegra, em inglês) em que "avisa" seus visitantes para não ficarem amedrontados, pois é para "sua própria segurança". Então, o primeiro-ministro (e ex-presidente), Dmitry Medvedev assinou um decreto autorizando o governo a coletar todas as informações de internet e celular durante os Jogos. 

O Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) afirmou que os repórteres estão sendo considerados alvos no decreto. 

O curioso na legislação sazonal é que ela não foi feita debaixo dos panos, mas anunciada e publicada na íntegra. O CPJ acredita que "isso foi feito como um aviso e um ato intimidador para os jornalistas". 

 

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