Mais de 50 atletas olímpicos pedem que Rússia revogue lei antigay

Obama enviará gays como embaixadores dos Jogos / Foto: Pete Souza / White House

Rio de Janeiro - A praticamente uma semana dos Jogos de Inverno Sochi 2015, mais de 50 atletas olímpicos se juntaram à campanha que pede à Rússia que revogue a polêmica lei antigay, que proíbe aquilo que o governo considera propaganda homossexual. A informação foi trazida pelo jornal britânico The Telegraph. 

Foram exatamente 52 estrelas olímpicas atuantes ou já aposentadas, incluindo 12 que competirão em Sochi. Todos confirmaram sua assinatura à campanha nomeada como "Principle 6" (Princípio 6, em livre tradução), que também objetiva pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) e seus patrocinadores para se colocar contra a legislação russa. 

Com base na cláusula antidiscriminação presente na Carta Olímpica, a petição é endossada por nomes como os tenistas aposentados Martina Navratilova e Andy Roddick, o jogador de futebol Robbie Rogers, declaradamente gay e o tetra campeão olímpico nos saltos ornamentais, Greg Louganis. 

A campanha também tem o apoio de vários grupos antihomofobia, além de atletas dos Jogos de Inverno, como o americano Seth Wescott, medalha de ouro no snowboard; a biatleta canadense Rosanna Crawford e todos os quatro australianos da equipe de bobsled. 

A maioria dos apoiadores vem dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. 

Caitlin Cahow, atleta do hóquei no gelo que foi medalha de prata nos Jogos de Vancouver 2010, foi nomeada pelo presidente Barack Obama como um dos dois atletas gays que serão embaixadores da causa em Sochi. 

Os signatários da campanha afirmam que o número de ataques homofóbicos aumentaram desde que a lei passou a vigorar na Rússia. O presidente do país, no entanto, insiste que o objetivo principal é proteger as crianças.

"Nós não estamos proibindo nada, ninguém está sendo tirado das ruas e não há nenhum tipo de punição para esses tipos de relacionamentos", disse Putin. "Vocês podem se sentir bem e tranquilos, mas deixem nossas crianças em paz, por favor", concluiu.