Jaqueline Mourão será a porta-bandeira do Brasil em Sochi 2014

Jaqueline Mourão / Foto: Divulgação / CBDN

Rio de Janeiro - Jaqueline Mourão já estava na história do esporte brasileiro por ser a única mulher brasileira a disputar edições de Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. Mesmo assim, a atleta mineira não se cansa de colecionar conquistas e feitos que a colocam como uma das mais importantes atletas olímpicas do Brasil, entre homens e mulheres.

Nesta terça-feira (04), Jaqueline foi anunciada como a porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Sochi 2014. Mesmo em sua quinta participação olímpica, Jaqueline se emocionou com o anúncio feito pelo chefe da Missão Brasileira, Stefano Arnhold. A Cerimônia de Abertura dos Jogos está marcada para a próxima sexta-feira (07).

“Estou muito emocionada, me lembrando de toda a minha trajetória. É muito legal poder ter esse reconhecimento. Espero estar mostrando para muitos que é possível alcançar sonhos que parecem ser impossíveis. Eu não esperava.  É um sonho se  tornando realidade”, disse Jaqueline, que irá disputar a competição de cross country, como nas duas últimas edições dos Jogos, e o biatlo, na primeira participação brasileira na modalidade.
 
Jaqueline é a única – entre homens e mulheres - a competir em duas Olimpíadas de Verão e três de Inverno. As cinco edições de Jogos no currículo dão a Jaqueline mais um recorde: ela se iguala a Fofão (vôlei) e Formiga (futebol) com o maior número de participações olímpicas entre as mulheres brasileiras. Além disso, nas disputas do biatlo, ela será a única latino-americana em Sochi.
 
Oriunda do ciclismo, Jaqueline começou a se familiarizar com o esqui em 2005, no Canadá, quando uma nevasca a impediu de realizar treinos sobre duas rodas. A recordista brasileira resolveu experimentar o esqui e a paixão foi imediata. Após a participação em Pequim 2008, a mineira decidiu se dedicar somente às modalidades de inverno. O biatlo veio quando não podia esquiar. Grávida após os Jogos de Vancouver 2010, resolveu aprender a atirar. “O brasileiro está descobrindo os esportes de inverno e é legal ter esse reconhecimento. Eu tenho certeza de que essa delegação é a mais forte do Brasil. Todos os atletas se dedicaram muito pra chegar até aqui. A qualidade do atleta brasileiro está cada vez melhor e a tendência é melhorar cada vez mais”, afirmou a recordista.
 
Stefano Arnhold se disse honrado em dar a notícia, de surpresa, à Jaqueline. “Ela é uma atleta extremamente dedicada, um exemplo para as futuras gerações. O biatlo é uma das modalidades de inverno mais complexas e ela conseguiu a classificação com apenas quatro anos de treinamento. Não é uma conquista fácil, muito longe disso”, afirmou Stefano, comemorando a evolução da delegação brasileira ao longo dos anos. “Aos poucos vamos aumentando a representatividade do Brasil em Jogos de Inverno, desde a primeira participação, em Albertville 92. Isso é fruto do trabalho das Confederações, com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro e do Ministério do Esporte. Desta forma, devagarzinho a gente começa a incomodar”, concluiu.   

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