Em vídeo, terroristas ameaçam ter um "presente" para os Jogos de Inverno

Terroristas aparecem em vídeo de quase uma hora com ameaças à Rússia / Foto: Reprodução / Vilayat Dagestan

Rio de Janeiro - O vídeo foi postado pelo grupo islâmico que se autoidentifica como Vilayat Dagestan e apareceu em um site utilizado com frequência por militantes do Cáucaso do Norte, região com a qual Moscou vem batalhando contra insurgentes que pedem independência há mais de uma década. 

Nas imagens aparecem dois homens, nomeados apenas como Suleiman e Abdulrakhman, posando com armas (rifles) em frente a uma faixa com dizeres em árabe. 

Um dos homens, barbado, lê uma declaração em russo com um som em árabe por trás. O vídeo mostra o que parecem ser explosivos anexados aos corpos dos terroristas. 

"Nós temos preparado um... Presente para você [Presidente Putin] e para todos os turistas que virão", afirmam na declaração. 

"Se você sediar as Olimpíadas você receberá um presente de nós. Ele será por todo o sangue muçulmano derramado todos os dias no mundo todo, seja no Afeganistão, Somália, Síria, por todo o mundo. Será nossa vingança", ameaçam. 

Putin tem investido pesado (as Olimpíadas custaram, até aqui, por volta de $ 50 bilhões) para que os Jogos de Inverno sejam um sucesso e possibilitem exibir uma Rússia bem diferente daquela do colapso da União Soviética, em 1991. 

Além disso, ele lançou uma grande operação de segurança que envolve cerca de 37 mil homens. Por isso, seguir com um ataque à área de Sochi seria muito difícil mas outras cidades menores próximas à região, ou mesmo Moscou, podem estar mais vulneráveis.

Recentemente dois ataque suicidas na cidade de Volgograd, próxima a Sochi, mataram pelo menos 34 pessoas, além de deixar uma centena de feridos. 

EUA estudam plano de evacuação - Frente às iminentes ameaças terroristas aos Jogos de Sochi, o departamento de inteligência norte-americano já estuda formas de retirar com segurança os americanos do resort russo em caso de atentados. 

Porém, todos os estudos esbarram na dificuldade que seria montar uma operação por lá, visto que historicamente o país reluta em permitir forças militares estrangeiras, sobretudo dos EUA, em seu território.