De olho nas Olimpíadas, seleção de bobsled segue para o Canadá

O piloto Edson Bindilatti viaja para Calgary entre os dias 5 e 8 / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - As pistas de bobsled reabrem em outubro, com a chegada do frio mais intenso no hemisfério norte. E é para essa região do mundo, Calgary, no Canadá, que os integrantes da seleção brasileira de bobsled vão seguir. Os atletas selecionados pelo técnico Cristiano Paes estão conciliando os treinamentos, ainda no Brasil, com a preparação para a viagem para Canadá e Estados Unidos, onde vão buscar a classificação para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em fevereiro de 2014, na Rússia. O piloto Edson Bindilatti e os pushers Marcelo da Matta, Larissa Antunes da Silva e Sally Mayara Siewerdt viajam entre os dias 5 e 8 de outubro. A piloto Fabiana dos Santos está treinando em Calgary desde junho.

Os demais integrantes dos grupos de bobsled e skeleton, todos do atletismo, ainda têm compromissos no Brasil e seguem no fim de outubro: Fábio Gonçalves, Odirlei Carlos Pessoni, Edson Martins e Rodrigo Custódio, do bobsled, mais Francisco Irlândio, Gustavo Henke e Fábio Antônio Marcelino (Mexerica), do skeleton. A preparação dos atletas do skeleton visa aos Jogos de 2018, na Coreia do Sul.
 
Ainda da equipe do bobsled, Lucilay Santos da Silva vai seguir para Eagles, na Áustria, para fazer o curso de pilotagem. A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) já está pensando em formar atletas do bobsled para 2018 - hoje, Fabiana dos Santos é a única piloto brasileira credenciada para a função. Daividison Henrique de Souza também segue com o grupo que vai para Calgary, no início de outubro, mas para fazer curso de pilotagem. Fica com o grupo até janeiro e pode ajudar como pusher nos treinamentos.
 
"O ideal seria todos irem juntos. Quanto mais tempo tivermos para treinamento, maior o entrosamento. Mas alguns atletas têm o compromisso de defender seus clubes de atletismo nos Jogos Abertos do Interior. Acabando os Jogos, eles viajam", explicou Edson Bindilatti.
 
Olho no calendário: 13/01/2014
 
Os atletas estão buscando seus vistos para as viagens. A primeira parada será na Ice House, em Calgary, para treinos específicos com os trenós. Depois, virá a disputa de etapas da Copa América, classificatórias para a Olimpíada de Sochi. "Vamos competir em dez etapas da Copa América, em Calgary, no Canadá, e em Lake Placid e Utah, nos EUA. Os sete melhores resultados serão somados para definir nossa posição no ranking", explicou Bindilatti.
 
O piloto acrescentou que todos estão muito motivados e que a expectativa pelas disputas e resultados é enorme. "Saberemos se conseguimos nos classificar para Sochi no dia 13 de janeiro de 2014, após a última etapa da Copa América. Precisamos ficar entre os 40 primeiros do ranking. Vamos nos preparar com a cabeça de que temos de ficar entre os 30 melhores para garantir a vaga", prosseguiu Bindilatti, acrescentando que, nos Jogos Olímpicos de Inverno, serão 12 países no bobsled feminino e 18 no masculino.
 
Segundo o piloto, deve ser um pouco mais fácil classificar o Brasil com o trenó de quatro atletas, porque muitos países não têm essa categoria. "A concorrência é menor", explicou. Mas garantiu que o Brasil vai tentar vaga nos trenós de dois e quatro, com a equipe masculina, e no de dois, com a equipe feminina.
 
A CBDG já fez reservas e cuidou da estadia dos atletas em Calgary e está trabalhando - com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e buscando patrocinadores no mercado - para a montagem de uma base nacional no Canadá, que possa abrigar trenós, capacetes e uniformes de inverno.
 
A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) é a entidade dirigente dos esportes no gelo - bobsled, skeleton, luge, patinação artística e de velocidade, curling e hóquei.

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