COI anuncia "zona para protestos" em Sochi

Para frear a possibilidade de protestos desordeiros, COI anuncia "zona de protestos"; na foto, tocha olímpica segue seu revezamento até Sochi / Foto: Divulgação / Sochi

Rio de Janeiro - A despeito das inúmeras críticas e posições contrárias às atitudes do governo da Rússia no que tange aos direitos dos homossexuais e outros aspectos, o Comitê Olímpico Internacional anunciou, nesta terça-feira, a criação de uma "zona de protestos" durante a realização das Olimpíadas de Inverno na cidade, em 2014. 

"Nós saudamos o anúncio do comitê organizador de que em Sochi haverá regiões de protesto que serão estabelecidos para as pessoas que querem protestar contra alguma coisa", informou Thomas Bach, atual presidente do COI, sem especificar contra o que as pessoas poderiam protestar. "Eles [os manifestantes] terão a oportunidade de protestar em regiões especiais", garantiu. 

A Rússia tem sido alvo de uma série de manifestações desde que aprovou em sua casa legislativa uma lei que proíbe qualquer propaganda homossexual o que, segundo os críticos, restringe os direitos dos gays. Além disso, os gastos exorbitantes, muito acima do previsto quando da candidatura de Sochi para sede dos Jogos, são o outro pilar dos protestos. 

"Isto estava em discussão com o COI por algum tempo", informou Bach, que disse ainda que o COI foi informado da definição dessas regiões em Sochi nesta terça-feira. O COI recebeu, do presidente do Comitê Local Dmitry Chernyshenko a garantia de instalação desses locais. 
 
O anúncio é uma clara tentativa de frear qualquer possibilidade de boicote aos Jogos, ou mesmo uma onde de menosprezo pela realização das Olimpíadas na Rússia. Como o Esporte Alternativo informou no início da semana, o presidente alemão já parece ter se posicionado desfavorável à situação tendo, inclusive, sugerido que boicotará os Jogos. 
 

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