Brasil pode ter sete atletas em Sochi 2014

Jaqueline Mourão, no cross country, já têm o índice B / Foto: Guido Visser

São Paulo - Os esportes de neve do Brasil podem ter mais representantes em Sochi-2014 do que em Vancouver-2010. A menos de um ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno, a CBDN tem ao menos quatro vagas garantidas para seus atletas, além de outras três prováveis classificações. 
 
Jhonatan Longhi e Chiara Marano, no esqui alpino, e Leandro Ribela e Jaqueline Mourão, no cross country, já têm o índice B – marca estabelecida pelo Comitê Olímpico Internacional para participação de um homem e uma mulher de cada país para essas duas modalidades. As competições da próxima temporada, que terão início em julho, serão decisivas para a definição das vagas.
 
No esqui alpino, Jhonatan Longhi é o atual dono da vaga entre os homens, com consistentes resultados abaixo do índice B. Durante a temporada, o esquiador quebrou o recorde brasileiro do Slalom Gigante, marcando 45,68 pontos FIS. Ele ainda tem a concorrência de Fabio Guglielmini e Tobias Macedo, que também superaram o critério de classificação.
 
No feminino, Chiara Marano é a única atleta com índice B garantido. Maya Harrison, dona da melhor pontuação brasileira na modalidade, entre homens e mulheres, recuperou-se da segunda grave lesão no joelho seguida e voltou a competir. Ela tem toda a próxima temporada para conquistar cinco resultados e brigar pela classificação com Chiara.
 
No cross country, Jaqueline Mourão e Leandro Ribela voltarão a disputar os Jogos pelo País.  A mineira cravou o melhor resultado brasileiro em Campeonatos Mundiais em 2013, enquanto Leandro quebrou os recordes nacionais do distance e do sprint durante a última temporada. Os atletas deverão decidir a disciplina, sprint ou distance, em que competirão.
 
E não é apenas no cross country que Jaqueline pode representar o País em Sochi. Ela luta também para ir aos Jogos no biathlon. O Brasil é o atual 32º colocado no ranking da modalidade, que dá vagas diretas aos 27 primeiros países, e depende da distribuição final para confirmar sua participação na modalidade em que fez história nas últimas temporadas. A mineira somou participações inéditas para o País no circuito da Copa do Mundo de 2012-13 e em duas edições do Campeonato Mundial. Caso consiga a classificação também nessa disciplina, a atleta chegará a cinco Jogos Olímpicos (dois de verão e três de inverno) em três modalidades diferentes.
 
No snowboard, modalidade em que a definição é feita por ranking, Isabel Clark é a atual 14ª colocada na lista olímpica e tem larga vantagem de 800 pontos sobre a 24ª e última classificada. A carioca vive a fase mais consistente da carreira, tendo chegado em 7 finais de 8 etapas de Copa do Mundo na última temporada. Se confirmar a ida para Sochi, Isabel, que tem a melhor colocação da história do Brasil, alcançará a terceira participação em Jogos Olímpicos.
 
Para os Jogos Paralímpicos de Sochi, a CBDN planeja classificar dois atletas, apoiados pela parceria entre a Confederação e o Comitê Paralímpico Brasileiro. No snowboard adaptado, André Cintra participou de duas etapas de Copa do Mundo e está na 19ª posição da lista paralímpica, que reserva 32 vagas. Fernando Aranha, no cross country adaptado, esteve muito perto do índice nas primeiras competições que participou na modalidade. Ele marcou 185.22 e depois 186.60 pontos, e terá até janeiro de 2014 para superar o critério de 180 pontos FIS.
 
Isabel Clark, Jaqueline Mourão, Leandro Ribela, Jhonatan Longhi e Maya Harrison são apoiados pelo programa de apoio da SOI – Solidariedade Olímpica Internacional, uma das parcerias entre a CBDN e a SOI, que envolve também projetos de ciência aplicada ao esporte e programas de desenvolvimento de estrutura de treinamento.

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