Seleção feminina bate bicampeãs olímpicas em amistoso

Brasil venceu a Noruega por 18 x 12 em São Bernardo do Campo / Foto: Roberto Castro / ME

Rio de Janeiro - A Seleção Brasileira de Handebol Feminino devolveu com juros neste domingo a derrota sofrida no primeiro dos dois amistosos contra a Noruega. Na partida disputada neste domingo em São Bernardo do Campo, o Brasil venceu por 18 x 12, após empate em 8 x 8 na primeira etapa. Na sexta, as bicampeãs olímpicas haviam as atuais campeãs mundiais vencido por 25 x 21.
 
Para o ministro do Esporte, George Hilton, um dos grandes méritos da vitoriosa equipe feminina de handebol é dar visibilidade à modalidade, para que mais pessoas se interessem pelo esporte
 
O placar mais baixo neste domingo se deve ao fato de a partida ter tido um formato reduzido, com dois tempos de 20 minutos, em vez dos habituais 30 minutos por etapa, em função de acordo para que a partida fosse transmitida ao vivo na televisão aberta. O jogo faz parte da reta final de preparação da equipe nacional para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, que serão disputados em julho. 
 
"Posso dizer que hoje foi até uma questão de honra. A gente sempre estava batendo na trave. O primeiro jogo perdemos por quatro gols, mas conseguimos consertar o que estava mal, e acredito que é muito importante não só para nós, Seleção Brasileira, mas para esse torcida maravilhosa, para o apoio que temos tido de nossos patrocinadores e do governo", afirmou a ponteira Alexandra Nascimento. 
 
"Elas estão preparadas para ganhar todos os títulos. E o grande título que vão dar para a gente é espalhar Brasil afora o desejo de outras meninas também praticarem o handebol", afirmou o ministro do Esporte, George Hilton, presente ao amistoso no ginásio paulista. “Tivemos uma festa linda. São Bernardo tem handebol forte, já tem tradição, mas queremos dar mais oportunidades para o Norte, o Nordeste. Queremos interiorizar o esporte, levar o handebol, com a força de São Bernardo, para muitas outras cidades".
 
Investimentos e resultados expressivos
 
A evolução da modalidade no Brasil se conecta com uma série de investimentos, que incluem convênios com o Ministério do Esporte, patrocínios, bolsas e recursos da Lei Agnelo/Piva. 
 
Em 2010, um convênio de R$ 2,2 milhões com o governo federal ajudou a estruturar a equipe permanente e a conceder ajuda de custo às jogadoras. Outros dois convênios, um de R$ 1,8 milhão para a seleção masculina e outro de mais de R$ 100 mil para o encontro de professores de handebol, foram aplicados para integrar a confederação com profissionais de ensino superior e padronizar métodos de treinamento.
 
Em 2011, os recursos chegaram a R$ 11,3 milhões. Cerca de R$ 5,4 milhões de convênio para a preparação da seleção feminina, com treinos, competições, contratação de equipe multidisciplinar e viagens ao Exterior, tendo como horizonte os Jogos Olímpicos de 2016. 
 
Outros R$ 5,3 milhões foram para a realização do Mundial do Brasil, quando a seleção feminina chegou à melhor colocação da história até então: foi quinta colocada, perdendo a chance de medalha por apenas um gol, com uma única derrota – e no último minuto – diante da Espanha. Também foram conquistadas medalhas em todas as competições continentais das categorias júnior, juvenil e cadete. 
 
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