Hypolito desabafa sobre depressão: desespero e 10kg a menos

Diego Hypolito / Foto: Ricardo Bufolin/Photo&Grafia

Rio de Janeiro - Recentemente o ex-campeão mundial do solo, Diego Hypolito, veio a público contar que teve depressão. Agora, em entrevista para o portal UOL, o ginasta contou detalhes da doença que o fez perder 10 kg. "Tudo me deixava em estado de ansiedade muito grande. Eu entrava em desespero", lembrou. 

Tudo teve início quando o ginasta precisou se mudar do Rio de Janeiro depois que seu antigo clube, o Flamengo, demitiu não só ele como toda a sua equipe de ginástica. Sem ginásio, o atleta conseguiu um espaço no Pinheiros, em São Paulo, para treinar de favor. 

"Todos os dias da minha vida eu encontrava tempo para dar um mergulho na praia. E isso foi uma coisa que eu senti muita falta quando mudei para São Paulo. A vida aqui é diferente. Primeiramente, achei muito difícil. Eu não conseguia viver nessa loucura que é São Paulo. Você pode fazer de tudo, todos os dias. Mas eu vivia em um cubículo, do lado do ginásio, não saía", detalha. 

Diego chegou então a ser hospitalizado, sem energia para treinar. "Tinha medo de entrar no elevador, de voar de avião, de entrar no carro, de dirigir", diz. 

As mudanças começaram quando Diego se mudou para São Bernardo do Campo, município do ABC Paulista. O local é, hoje, sua base de moradia e de treinos e recebe um ginasta que está de volta ao rol de grandes estrelas brasileiras, após uma medalha de bronze no Mundial de Nanning, na China, em setembro. 

Sobre a conquista, aliás, Diego é taxativo. "Não foi uma resposta [para os técnicos da seleção]. Foi uma resposta pra mim", desabafa. O ginasta chegou a ser convocado como segundo reserva no Mundial e estava numa fase em que era desacreditado pela comissão técnica. 

Em relação à medalha olímpica, em 2016, Diego não teme amarelar. "Tenho consciência de como vai ser no RJ. É um sonho muito grande conseguir uma medalha olímpica mas, independentemente do que acontecer, meu sonho maior é ser ginasta. Estar na Olimpíada, estar na ginástica, é estar de pé, não é amarelar. Eu poderia ter deixado o esporte, mas treino por um sonho. Ser medalhista olímpico", conclui.

 

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