Levantadora do Hinode Barueri, Rosane, mostra paixão pelo marketing e gestão de pessoas

Estudante de MBA, ela acredita que um atleta tem de saber trabalhar bem a imagem, e estudar marketing a fez ampliar a visão sobre o assunto / Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia

São Paulo - Conciliar a vida de atleta profissional com outra carreira não é nada fácil, mas quando o interesse por outras áreas desperta a sede por novos projetos, sempre é possível encontrar um jeito.
 
A levantadora Rosane Maggioni, da equipe de vôlei Hinode Barueri é um exemplo disso. Além de levar a rotina com o time, ela é formada em marketing e faz MBA em gestão de pessoas, uma área que acredita poder ajudar também na forma como lida com o esporte. 
 
Rosane começou cedo no vôlei, atuou nas Seleções Brasileiras de base, já teve passagens por vários clubes no Brasil e até mesmo no exterior, mas sempre pensou em ganhar conhecimento em outra área. "Devido a nossa agenda, conseguir conciliar uma faculdade com o esporte é muito difícil, mas para mim o estudo é de fundamental importância", destacou. "Escolhi o marketing por ser uma área que pode ser utilizada no nosso meio. Nós atletas temos que saber nos comunicar e saber trabalhar a nossa imagem, além de ser uma área que está crescendo bastante e pode me auxiliar no futuro a criar o meu próprio negócio", explicou a levantadora. 
 
Acostumada a estar sempre rodeada de gente, muito por consequência de praticar um esporte coletivo, ela extraiu também disso seu interesse pelo marketing e mais ainda pela área que está estudando no MBA: gestão de pessoas. "O mais interessante na área de marketing é conseguir por meio da comunicação e análise de pessoas e suas ações - que passam muitas vezes desapercebidas - entender o público e suas motivações para gerar valor a um produto ou serviço", ensinou a paulista de Guarulhos. "O curso de MBA nessa área me tornará capaz de analisar melhor as pessoas e a mim mesma. Acredito que com o conhecimento maior sobre as atitudes e desenvolvimento das pessoas poderei evoluir cada vez mais, forçando o meu próprio crescimento, além de poder ajudar no progresso das minhas companheiras."
 
Apesar de demonstrar já estar 'afiada' na carreira paralela, Rosane ainda acredita que, por enquanto, ela irá ficar um pouquinho de lado, pois o vôlei é sua grande prioridade. "Pretendo estar preparada para o mercado de trabalho no futuro, mas enquanto eu jogar vôlei fica difícil conciliar com qualquer outro tipo de trabalho devido à carga horária", apontou. 
 
Mas, por enquanto, para ela está tudo mais do que bem, já que o desempenho com o Hinode Barueri tem lhe trazido muitas alegrias. A equipe segue firme no propósito de garantir vaga para a Superliga principal na próxima temporada. Atualmente disputando a Superliga B, após poucos meses de 'vida', o clube terminou a primeira fase na liderança e invicto, e se classificou diretamente para as semifinais, que serão disputados no fim de março e início de abril. Rosane está adorando a experiência de jogar outra vez sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, criador do projeto na cidade da grande São Paulo. 
 
"Já tive o prazer de trabalhar com o Zé Roberto por dois anos, quando tive a oportunidade de treinar com ele de novo não pensei duas vezes. Trabalhar com ele é bastante intenso, é sempre uma temporada de muito aprendizado, é uma lição de vida diária e ter o apoio de uma empresa como a Hinode nos proporciona toda a base que precisamos para termos uma temporada de excelência", afirmou a levantadora, que iniciou a carreira no vôlei incentivada pela irmã Renata Maggioni, que já jogava, e hoje faz parte do elenco do Minas Tênis Clube. Elas chegaram, inclusive a atuar juntas anos mais tarde. 
 
De lá para cá, Rosane, hoje com 25 anos, já foi bicampeã sul-americana e mundial juvenil, e sul-americana sub-23, vestindo a camisa da Seleção. Além de passagens por times brasileiros, ela jogou nove meses em um clube da Suíça. Um período inesquecível e que gerou também muito aprendizado, inclusive da língua alemã, necessária para que ela se comunicasse em solo suíço. "Quando cheguei não sabia como falar "oi" em alemão, não posso dizer que foi difícil a minha adaptação porque consegui me comunicar com todos em inglês e nada me faltou, mas por curiosidade procurei uma escola e iniciei um curso intensivo para conseguir aproveitar ao máximo a oportunidade que estava tendo. É um idioma bastante complexo, mas ouvindo o dia inteiro as pessoas, o aprendizado se tornou um pouco mais fácil", contou. 
 
Porém, mesmo tendo sido um período bastante rico na aprendizagem em vários aspectos, Rosane afirma que muitas coisas no Brasil são incomparáveis e que estar ao lado da família quando retornou fez muita diferença. "A experiência de jogar fora do País é sensacional, mas o calor do povo brasileiro nos faz muita falta. A torcida, as brincadeiras, a leveza do brasileiro é algo único. Além de estar perto da minha família novamente, que para mim é essencial", finalizou. 
 
Na Superliga B, o Hinode Barueri espera o resultado das quartas de final para conhecer o adversário da semi. O campeão da competição estará garantido na Superliga principal na próxima temporada.
 
 

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