Bronze em 2011, Bia disputa seu segundo Mundial pelo Vôlei Nestlé

Na ocasião, a central tinha 19 anos e jogou sua primeira competição de nível internacional como titular substituindo Thaisa, que estava na seleção brasileira / Foto: Luiz Pires/Fotojump

Japão - Depois de voltar ao calendário em 2010, o Mundial de Clubes teve sequência em 2011 e foi disputado novamente em Doha, no Qatar, no mês de outubro. Vice-campeão no ano anterior, o Vôlei Nestlé, na época Sollys/Nestlé, representou o Brasil pela segunda vez, porém, desta vez com alguns desfalques, já que a competição foi realizada no mesmo período dos Jogos Pan-Americanos.
 
Thaisa, Jaqueline, Tandara e Fabíola não puderam participar do torneio. Sem elas, o técnico Luizomar apostou em jovens como Ivna, Samara e Bia, com suporte das experientes Karine, Jú Costa, Camila Brait e Adenízia. Mesmo com grupo incompleto, a equipe de Osasco fez boas partidas e conquistou a medalha de bronze. 
 
Com 19 anos, a central Bia, nascida em Sorocaba, foi a escolhida para substituir Thaisa e viveu sua primeira experiência em um Mundial adulto. "Sempre me destaquei na base e aquele Mundial foi importante. Joguei bem e considero que foi o momento inicial da minha carreira no adulto. Quando cheguei ao Sollys/Nestlé o Luizomar havia me dito que começaria a temporada jogando o Paulista e o Mundial porque algumas jogadoras estariam defendendo a seleção brasileira. Eu tinha de 19 anos na época e a experiência de disputar o Mundial foi incrível. Era uma equipe jovem e jogamos sem expectativa e muito bem. Estávamos desacreditadas e fomos para dar nosso melhor e conquistamos um resultado que poucos esperavam. Lembro que a Adenízia não ficou na seleção e se juntou ao time, sendo eleita a melhor bloqueadora do torneio", comenta a jogadora. 
 
Bia e suas companheiras estrearam com vitória por 3 sets a 1 diante do Chang Bangkok. Em seguida, um jogo equilibrado e decidido nos detalhes, em cinco parciais, contra o campeão daquela edição. "Na segunda rodada da fase de grupos enfrentamos o Rabita Baku (Azerbaijão), que seria o campeão, e perdemos por 3 a 2. Era uma equipe forte e que tinha a Natasa Osmokrovic, que foi eleita a melhor jogadora da competição. Trouxe uma bagagem enorme por ter atuado contra as melhores centrais, aquelas atletas que só via nas Olimpíadas e pela TV. Ficamos bem felizes porque nosso desejo era de voltar com uma medalha e o objetivo foi conquistado. Lembro que comemoramos bastante e que várias meninas choraram. Certamente foram momentos de muita emoção e felicidade", afirma a central. Na semifinal, o time de Osasco foi superado pelo VakifBank, da Turquia, em sets diretos. Na disputa pelo terceiro lugar, uma vitória por 3 a 0 sobre o Mirador, da República Dominicana
 
Após o título da Superliga 2011/12, Bia deixou o Sollys/Nestlé e foi jogar pelo Sesi-SP, onde ficou por quatro temporadas. No clube de São Paulo a jogadora foi campeã Sul-Americana em 2014 e ganhou seu segundo bronze do Mundial na edição do mesmo ano. O Sollys/Nestlé conquistou o terceiro lugar em 2011 com as levantadoras Karine e Ana Maria, as ponteiras Jú Costa, Samara e Silvana, as centrais Adenízia, Bia e Larissa, as opostas Helô e Ivna, e as líberos Camila Brait e Léia
 
Equipe embarcou para o Japão - O Vôlei Nestlé já está a caminho do Japão, pois o grupo embarcou na madrugada desta quinta-feira (4). A central Bia, com 25 anos, vive outro momento em sua carreira. Ela é titular absoluta da equipe e tem outro papel no grupo. "Esse Mundial de 2017 não terá nenhuma equipe fraca. Será uma competição com oito clubes de alto nível. Agora meu papel é outro e a responsabilidade é maior. Naquele ano não tínhamos pressão. O momento é diferente e sabemos das dificuldades porque teremos seleções mundiais pela frente. O objetivo é fazer nosso melhor. Temos que ser realistas, pois enfrentaremos times com jogadoras bem acima da média que encontramos na Superliga. Foi difícil retornar aos treinos após o término da Superliga, mas essa competição é uma motivação a mais. Seguiremos juntas e unidas para buscar o melhor resultado para o Vôlei Nestlé", garante Bia.
 
Brasileiros campeões mundiais - Três clubes brasileiros são campeões mundiais no naipe feminino. O campeonato foi realizado pela primeira vez em 1991, em São Paulo, e o Sadia, sediado em São Paulo, foi o primeiro campeão. Em 1994, o Leite Moça, com sede em Sorocaba, conquistou o título batendo o Parmalat/Matera, da Itália, em torneio realizado em Osasco, com Ana Moser como MVP. Já em 2012, o Sollys/Nestlé subiu ao topo do pódio derrotando o Rabita Baku, do Azerbaijão, campeão de 2011. Vitória por 3 sets a 0 na decisão e com Sheilla como melhor jogadora da competição. 
 
Campeões do Mundial no Feminino
1991: Sadia (Brasil)
1992: Messagero Ravenna (Itália)
1994: Leite Moça (Brasil)
2010: Fenerbahce (Turquia)
2011: Rabita Baku (Azerbaijão)
2012: Sollys/Nestlé (Brasil)
2013: VakifBank (Turquia)
2014: Dínamo Kazan (Rússia)
2015: Eczacibasi Vitra (Turquia)
2016: Eczacibasi Vitra (Turquia)
 
Nestlé busca tricampeonato do Mundial - A Nestlé tem história vitoriosa no Mundial de Clubes. A empresa participou da competição cinco vezes, com títulos em 1994, com o Leite Moça, de Sorocaba, e 2012, com o Sollys/Nestlé, de Osasco. Ainda por Osasco, a multinacional foi medalha de prata nas edições de 2010, com Sollys/Nestlé, e 2014, com Molico/Nestlé, e ganhou o bronze, em 2011, com o Sollys/Nestlé. A Nestlé esteve no pódio todas as vezes que disputou o torneio.
 
Nutrindo os Sonhos dos Jovens - De olho no futuro e na nova geração do vôlei brasileiro, o Vôlei Nestlé reforçou o DNA de seu projeto ao firmar parceria com o Programa Global "Nutrindo os Sonhos dos Jovens", lançado pela Nestlé na Europa em 2013 e que chegou ao Brasil no final de 2015. A equipe para a temporada 2016/17 apresenta uma mescla de atletas experientes com jovens que buscam espaço em um clube tradicional como Osasco. Jogadoras vitoriosas e consagradas como Carol Albuquerque, Dani Lins, Tandara e Camila Brait são as mentoras das novatas. O programa está voltado para a capacitação de jovens para qualificá-los profissionalmente.
 
Grupo A
VakifBank (Turquia)
Dínamo Moscou (Rússia)
Rexona-Sesc (Brasil)
Hisamitsu Springs (Japão)
 
Grupo B
Vôlei Nestlé (Brasil)
Nec Red Rockets (Japão) 
Eczacibasi Istanbul (Turquia)
Volero Zurich (Suíça)
 
Tabela do Mundial de Clubes
 
Primeira fase - Grupo B:
09/05 - 3h30 - Vôlei Nestlé x Nec Red Rockets (Japão) 
09/05 - 22h00 - Vôlei Nestlé x Eczacibasi Istanbul (Turquia)
12/05 - 0h00 - Vôlei Nestlé x Volero Zurich (Suíça)
 
Semifinais:
13/05 - 3h30 - 1º do Grupo A x 2º do Grupo B
13/05 - 7h00 - 1º do Grupo B x 2º do Grupo A
 
Finais:
14/05 - 2h30 - Disputa pelo terceiro lugar
14/05 - 7h00 - Disputa pelo título

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