Senado deve votar MP que profissionaliza gestão do esporte e muda Lei Pelé

Senador Gim Argello, Daniela Castro, Pipoka e Raí, do Atletas pelo Brasi / Foto: Divulgação

Brasília - Liderados pelo ex-jogador Raí, a organização Atletas pelo Brasil se reuniu, nesta terça-feira (20), com o Senador Gim Argelo, relator da Medida Provisória 615/2013, que altera a Lei Pelé, e líderes da base do Governo, no Senado Federal, em Brasília (DF). 
 
A emenda, que foi construída pelo Atletas pelo Brasil em parceria com o deputado Jerônimo Goergen, impõe aos clubes de futebol, federações e confederações esportivas do País uma série de regras para aprimorar a gestão do esporte egarantir a transparência. Em troca, essas entidades estariam aptas a receber recursos públicos e isenções tributárias.
 
Durante o encontro, Raí falou sobre os benefícios da nova emenda, que será apresentada nos próximos dias. "O Senador Gim Argelo assumiu a responsabilidade de ser o protagonista histórico para e pela construção do verdadeiro legado dos grandes eventos esportivos no País, ao apoiar a luta dos atletas por gestão e transparência no esporte nacional. No Governo Federal, há apoio pela proposta porque soma-se às políticas que lutam pela transparência na gestão em todos os níveis de governança, pública ou privada".
 
"Nós vamos ter gestão para que, no final, tenhamos atletas formados, com capacidade de competir e avançar. E também teremos a transparência nos recursos públicos, porque hoje o esporte depende muito deverbas públicas, mas ele é gerenciado como se fosse de interesse privado", afirmou o deputado Jerônimo Goergen.
 
O ex-jogador de basquete da seleção brasileira Pipoka completou, afirmando que, com a emenda, o Brasil tem uma chance única de ter um legadoverdadeiramente esportivo, que vai além da infraestrutura. "A gente sabe que vão ter os aeroportos, os estádios, bem ao nosso jeito brasileiro, em cima da hora, mas vai estar pronto. Mas e o legado social, o legado de mudança da nossa mentalidade enquanto esporte?", questionou Pipoca.
 
Dentre as regras da Medida Provisória 615/2013 estão a limitação do mandato de presidente e dos dirigentes esportivos em quatro anos, permitida apenas uma única recondução; os Estatutos passarão a dispor regras de gestão democrática, controle social interno, transparência pública de gestão de movimentação de recursos, fiscalização financeira e alternância no exercício dos cargos de gestão; e a participação dos atletas na gestão e na eleição dos dirigentes.