Nova geração do esporte se prepara para os Jogos da Juventude

Calebe Correia, da categoria 50 kg da luta greco-romana, será representante do Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim, em agosto / Foto: Rodolfo Vilela / ME

Rio de Janeiro - Até o momento, dos atletas que conseguiram vagas individuais ou para o país na segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, que serão disputados entre os dias 16 e 28 de agosto, em Nanquim, na China, mais de 60% recebem apoio direto do Ministério do Esporte, por meio do programa Bolsa-Atleta.

Das 18 confederações nacionais, com 20 modalidades em que o Brasil já está classificado na competição, 15 contam com convênios que garantiram recursos federais, a partir de 2010, para várias ações relacionadas ao desenvolvimento do esporte.
 
Das vagas conquistadas por atletas, o badminton terá Lohaynny Vicente Oliveira e Ygor Coelho de Oliveira; a esgrima, Pedro Marostega e Gabriela Cecchini, do florete; o judô, José Victor Basile e Layana Colman, e o tênis de mesa, Hugo Calderano. Destes, todos são bolsistas.
 
O Brasil já garantiu vaga também na canoagem, ginástica artística, hipismo, luta olímpica, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tiro com arco, triatlo e vela. O Brasil ainda tem vagas certas, como nomes a serem selecionados, para o basquete 3x3 (quatro garotos e quatro garotas), natação (também quatro e quatro), ciclismo (dois e dois) - e handebol (14 da seleção masculina e 14 da feminina - cada país escolhe um esporte coletivo, dentre quatro opções, para levar as duas equipes: futebol, handebol, hóquei sobre grama e rúgbi).
 
O país ainda tem chances de levar representA judoca Layana Colman, da categoria 52 kg, que estará nos Jogos Olímpicos da Juventude, em agosto (IJF/ G. Sabau)antes no levantamento de peso e no atletismo, com seletivas marcadas agora em maio para formar a equipe das Américas. O levantamento de peso terá o Pan Sub-17 a partir desta quarta-feira (7.05) em Lima, no Peru; o atletismo, com nomes da categoria menores, até 17 anos, compete em Cali, na Colômbia, nos dias 17 e 18. Ainda estão na briga por vagas atletas do golfe, pentatlo moderno, tênis e vôlei de praia.
 
O apoio federal nas modalidades esportivas vai além das bolsas e convênios, as entidades contam com patrocínio de estatais: Petrobras (esgrima, handebol, levantamento de peso, remo e taekwondo), Infraero (judô), Eletrobrás (basquete), Correios (desportes aquáticos e tênis), Caixa (atletismo, ginástica, luta olímpica – e Comitê Paraolímpico), BNDS (canoagem), Banco do Brasil (vôlei e ciclismo) e BNB (triatlo).
 
Mistura de gêneros e de países - Os Jogos Olímpicos da Juventude têm classificações diferenciadas, em relação aos Jogos Olímpicos, assim como modalidades próprias. Decisões sobre fórmulas de disputa ficam a cargo das Federações Internacionais de cada esporte, que procuram modalidades mais atrativas para os jovens. O basquete, por exemplo, é na modalidade 3x3, no estilo basquete de rua.
 
Assim, os critérios de classificação também são bem diferenciados. Na primeira edição, em Cingapura 2010, federações decidiram pela formação de equipes com mais de um país e também mistas, com garotos e garotas.
 
O atletismo, por exemplo, tem revezamentos montados por continente. O triatlo forma equipes com garotos e garotas; a natação também, nos revezamentos 400 m livre e medley, assim como o ciclismo (três garotos e uma garota); o triatlo monta equipes com dois garotos e duas garotas, e o tênis de mesa tem duplas mistas.
 
A mistura de gêneros e também países aparece no tiro com arco – duplas mistas podem ser de países diferentes. O hipismo também conta com equipes por continentes, formadas por garotos e garotas, assim como a esgrima, o judô e o pentatlo moderno (um e uma).
 
Na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura 2010, o Brasil teve 81 atletas. Até o momento, são 78 brasileiros garantidos em Nanquim. Para esta segunda edição, os organizadores chineses esperam cerca de 3.600 atletas de pelo menos 204 países.