Na contramão da polêmica, pai de Laís apoia "vaquinha" do COB para ajudar atleta

Rio de Janeiro - A polêmica campanha, lançada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para arrecadar dinheiro para ajudar a esquiadora Laís Souza no seu processo de recuperação, teve um novo capítulo com as declarações do pai da atleta, Antônio Souza, ao UOL Esporte. 

 

Segundo ele, que é metalúrgico em Ribeirão Preto, e mora com a mulher, Odete, funcionária de uma loja de sapatos, garantiu que o montante arrecadado será primordial na recuperação de Laís, ajudando a dar mais conforto à ex-ginasta quando ela retornar ao Brasil.

 

Antônio e Odete possuem outros dois filhos, mas apenas um ainda mora com o casal no interior de São Paulo. 

 

"Somos de uma família humilde e não temos recursos disponíveis. Essa ajuda vai ser importante. Não sabemos se ela terá salário ou algum tipo de aposentadoria. Não sabemos quanto precisamos de dinheiro pra adaptar uma casa, um carro ou alguma outra coisa. Essa ajuda é pra ela poder sobreviver a uma parte do período da vida dela com mais tranquilidade, e não para cobrir o tratamento atual, como estão falando por aí", disse o pai de Laís ao portal. 

 

A referida campanha causou certo burburinho na internet (o carro-chefe de divulgação da "vaquinha" é uma página no Facebook) quando foi lançada, no último domingo. Alguns internautas reclamaram do fato de o COB repassar o ônus dos gastos com Laís à sociedade, na forma de uma campanha. 

 

O Comitê, por sua parte, lançou uma nota oficial durante a semana esclarecendo a "vaquinha" e afirmando que banca, desde que Laís se acidentou, o tratamento da atleta nos Estados Unidos, já que o seguro da brasileira não cobria período de treinamentos, que foi quando ocorreu a queda.

 

Além disso, o COB garantiu que o dinheiro arrecadado será repassado para que Laís consiga adquiria os aparelhos necessários para sua recuperação, como a cadeira elétrica.