Em 2014, mundiais e Jogos Sul-Americanos marcarão o ano rumo a 2016

Isadora Willians será uma das representantes do Brasil em Sochi 2014 / Foto: Divulgação / CBDN
Rio de Janeiro - Depois de um ano pós-olímpico que se tornou um marco na história do país, com 30 medalhas em Mundiais ou competições equivalentes (oito de ouro, dez de prata e nove de bronze, sendo 27 em provas do programa olímpico), o esporte brasileiro segue com a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. 
 
Na escalada para cumprir a meta de se colocar entre os dez primeiros países no total de medalhas — para isso, segundo estudo do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, seriam necessárias entre 23 e 30 medalhas em 2016 —, o 2014 se torna um ano-chave para os atletas. E será preciso que se atinja a consolidação de projetos para que em 2015 o país consiga as classificações necessárias para chegar ao sonho de tantos pódios olímpicos em 2016.
 
Em 2014 — ano dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, na Rússia, de 7 a 23 de fevereiro, com representantes do Brasil Isadora Willians, representante do Brasil na patinação artística até entre os atletas paraolímpicos —, haverá os Jogos Sul-Americanos, de 25 de outubro a 8 de novembro, em Santiago do Chile. A competição é uma chance para os atletas mais jovens, principalmente, consolidarem hegemonia em seus esportes no continente. Também para os adolescentes haverá a segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, de 16 a 28 de agosto.
 
Na primeira edição, em Cingapura-2010, Thiago Braz foi uma das estrelas brasileiras, com prata no salto com vara. Ele hoje já faz parte de um grupo de elite do atletismo brasileiro em uma modalidade que vem se tornando referência até para atletas estrangeiros, que querem vir treinar no Brasil com o técnico Élson Miranda, “pupilo” do excepcional Vitaly Petrov, que entre outros treinou a estrela russa da modalidade Yelena Isinbaeva, campeã olímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008 e atual recordista mundial do salto com vara.
 
Desta vez, um dos brasileiros que estará em Nanquim com boas chances de medalha será Marcus Vinicius Carvalho Lopes D’Almeida, que aos 15 anos foi 17º (compartilhado com outros atletas) no arco recurvo do Mundial de Tiro com Arco, quando competiu com o campeão olímpico.
 
O ano tem ainda competições importantes, como o Pan-Pacifico da natação, em que os brasileiros já têm chances de medir forças com alguns dos melhores do mundo e avaliar se o planejamento está no caminho certo.
 
A maioria absoluta dos atletas de esportes individuais no Brasil é beneficiada pelo programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte ou foi contemplado, mais recentemente, com a Bolsa Pódio, no caso dos mais bem colocados, entre os 20 primeiros do ranking mundial.
 
Um ano de Mundial para os coletivos - Em fevereiro, o basquete masculino do Brasil saberá da importante decisão de sua Federação Internacional (Fiba) sobre o convite para a disputa do Mundial, que passa a se chamar Copa do Mundo e que será disputado entre 30 de agosto e 14 de setembro, na Espanha. A Seleção feminina já garantiu sua vaga para o Mundial, de 27 de setembro a 5 de outubro, na Turquia.
 
Também será ano de Mundial para o vôlei, com a versão masculina na Polônia (entre 3 e 21 de setembro) e a feminina na Itália (23 de setembro a 12 de outubro). O ano marcará o retorno das principais jogadoras, no caso do time do técnico José Roberto Guimarães, depois de um certo descanso no ano pós-olímpico. Com uma equipe mista, com as novas aparecendo bem, haverá chance de chegar ao inédito título mundial entre com as mulheres, atuais bicampeãs olímpicas e que foram vice-campeãs mundiais em 2006 e 2010. A seleção masculina, do técnico Bernardo Rezende, segue em processo de consolidação, também com jogadores mais jovens sendo trabalhados.
 
A vela terá seu Mundial de Todas as Classes, promovido pela Federação Internacional de Vela (Isaf), em Santander, na Espanha, entre 8 e 21 de setembro. A equipe brasileira tem no comando (na função de técnico) o experiente Torben Grael — bicampeão olímpico e dono de outras três medalhas nos Jogos.
 
A modalidade conta com jovens promissores, como a própria filha de Torben, Martine Grael, que ao lado da proeira Kahena Kunze terminou 2013 em primeiro lugar do ranking mundial na classe 49er FX (olímpica). As duas têm apenas 22 anos. Outro jovem talento na vela é Jorginho Zarif, 21 anos, campeão mundial júnior e adulto da classe Finn em 2013.
 
Também para o hipismo — que vem com uma geração jovem muito boa, de resultados excelentes em 2013 — o ano será de Mundial, entre 24 de agosto e 7 de setembro, na Normandia, na França. O ano também é de consolidação de conjuntos, como de Rodrigo Pessoa e Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, rumo aos Jogos Olímpicos do Rio 2016.