Comitê Rio 2016 terá observadores em Sochi

No total, 3.100 atletas de 20 esportes vão competir nos Jogos de Inverno Sochi 2014 / Foto: Getty Images / Streeter Lecka

Rio de Janeiro - O Comitê Rio 2016 acompanhará de perto os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno Sochi 2014, que terão início nesta sexta-feira, na Rússia. A equipe, que já começou a desembarcar na cidade, faz parte do Programa de Observadores - que vivencia os Jogos em busca da transferência de conhecimento - e de Secondment - que trabalha efetivamente na organização do evento em uma espécie de intercâmbio profissional. A missão é a mesma: adquirir experiência e usar o aprendizado in loco na preparação de uma edição inesquecível dos Jogos de Verão em 2016.

"É uma importante oportunidade de confirmar o entendimento, identificar e esclarecer detalhes que possam influenciar o planejamento das áreas. O registro de suas experiências em Sochi e a passagem de conhecimento são importantes para o alinhamento do time Rio 2016 e o sucesso na entrega de Jogos excelentes em 2016", explica Patricia Ribeiro, gerente de Gestão do Conhecimento e Informação do Comitê Rio 2016.
 
Nos Jogos Olímpicos de Sochi, que acontecem de 7 a 23 de fevereiro, são esperados 65 observadores do Rio 2016, representando mais de 30 áreas do Comitê. Outros 35 chegam para os Jogos Paralímpicos, de 7 a 16 de março. A equipe identificará boas práticas, avaliará as soluções adotadas para problemas operacionais e trará suas percepções para o Brasil. Cada observador é responsável por entregar ao Comitê um relatório minucioso ao final do evento.
 
Além de observar a operação do comitê organizador local, a equipe também analisará a experiência dos espectadores. Questões como fluxo de multidões, sinalização e orientação para as áreas de competição, controle de filas e soluções interativas de entretenimento estão na pauta dos observadores.
 
“Esta experiência vai servir como uma ótima oportunidade de análise para o planejamento que estamos fazendo para nossa operação. Vou com o objetivo de trazer uma visão geral dos serviços que eles estão operando, além de observar as diferenças e semelhanças entre as operações de inverno e verão, as inovações implantadas e as possibilidades de trazermos mais novidades para a área em 2016”, destaca Regina Meireles, especialista da área de Serviços do Evento do Rio 2016.
 
Para a analista de Integração Paralímpica do Comitê, Giselle Cerqueira, que desembarca na cidade russa uma semana antes do início dos Jogos Paralímpicos, o período de transição entre os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos será crucial.
 
“Como chegarei antes do início dos Jogos Paralímpicos, terei a oportunidade de vivenciar o período de transição entre os dois eventos e esse aprendizado será de grande valia para o sucesso dos nossos Jogos. Quero presenciar a integração entre as áreas e parceiros dentro do contexto do trabalho realizado pela área de Integração Paralímpica que é bem amplo. Como damos suporte às áreas, é importante buscar todas as maneiras possíveis para “fazer acontecer”, conta.
 
Já os “secondees”, como são chamados os funcionários que participam do Programa de Secondment, ganham experiência na prática. Em Sochi, serão sete no total - seis para os Jogos Olímpicos e um para a edição Paralímpica. Eles são "emprestados" ao comitê organizador local, ao Comitê Olímpico Internacional (COI) ou ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC), trabalhando, na maioria das vezes, em funções correlatas às que desempenham no Rio 2016.
 
É o caso de Mauricio Casé, especialista da área de Broadcasting do Rio 2016, que fará parte da equipe da Olympic Broadcasting Services (OBS) - organização oficial responsável pela cobertura televisiva e de rádio das competições - durante os Jogos Olímpicos Sochi 2014.
 
“Pela OBS, vou trabalhar prestando suporte às emissoras detentoras de direitos direto no local de competição. Vai ser muito interessante, pois no Rio 2016, trabalho justamente fazendo a interface do Comitê com a OBS. Então, vai ser muito importante ter essa experiência de fazer parte da equipe da OBS e ver como eles trabalham e o que precisam do Comitê Organizador. Estive em Londres 2012 como parte do programa de observadores e aprendi bastante. Desde lá, cresci bastante profissionalmente, então acho que, desta vez, vou com um olhar mais maduro e focado no que preciso trazer para os nossos preparativos para 2016”, diz.