Ministro destaca nacionalização de Copa e Olimpíadas

Plenária da câmara / Foto: Glauber Queiroz

Rio de Janeiro - Em audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (16.10) na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ressaltou a importância da nacionalização dos megaeventos esportivos. Como exemplo, citou cidades que serão Centros de Treinamento de Seleções (CTS) durante a Copa do Mundo FIFA 2014.

“A Copa também abre possibilidades para cidades que não são sedes, por causa dos Centros de Treinamento. Quem escolhe é a Seleção, mas uma delas pode ficar hospedada em Maceió, por exemplo, e jogar no Estádio Rei Pelé. Ou ficar em Florianópolis, ou em Caxias do Sul, ou em Campinas, ou São Luís, ou Aracaju. A Copa vai estender seus benefícios. E as Olimpíadas, muito mais além, porque envolvem mais de 20 modalidades e muito mais países que precisarão escolher cidades para treinar e se aclimatar”, disse o ministro.
 
Legado esportivo
 
Aldo Rebelo citou ações da pasta que devem gerar legado esportivo no país. “Vamos construir 250 centros de iniciação ao esporte, que são equipamentos sofisticados, com ginásio, quadra oficial, área para prática de esportes como boxe, judô e esgrima, com minipista de atletismo. Temos também um programa para que cada estado tenha pelo menos uma piscina olímpica e uma pista oficial de atletismo até as Olimpíadas. Dois terços dos estádios não tinham pista oficial. Natal agora já tem uma, dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, assim como teremos também na Universidade Federal de Alagoas”, explicou. Outro projeto mencionado pelo ministro é a construção do Centro Paraolímpico, “o maior do mundo, que será feito em São Paulo, mas será para o Brasil inteiro”, completou.
 
O ministro também falou da intenção de transformar o Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, em uma universidade pública do esporte após os Jogos de 2016. “Nós estamos estudando com o Ministério da Educação a proposta para fazer uma universidade multidisciplinar, com jornalismo esportivo, medicina do esporte, marketing esportivo, fisioterapia das modalidades, psicologia e nutrição voltadas para o esporte”, disse.
 
Investimento na formação
 
Quando perguntado sobre a liberação de parte dos lucros da FIFA com a Copa de 2014 para o investimento na base no futebol brasileiro, Aldo Rebelo disse que reforçará o tema perante a entidade. “A ideia é antecipar parte desses recursos. A FIFA vai estudar a melhor forma de fazer isso”.
 
Preços dos ingressos
 
A preocupação com o aumento do preço dos ingressos nas novas arenas foi reforçada pelo ministro na audiência. “Não se pode excluir o povo das arenas. Nós precisamos levar o “geraldino” para a cadeira, aquela pessoa que ia para a geral. É ruim ver jogo na geral. Já fizemos reuniões com alguns clubes e operadores de estádios, e soluções estão sendo buscadas. No estádio do Corinthians, por exemplo, o Andrés Sánchez já disse que terá 40% dos ingressos a preços populares.”
 
Superlotação em Natal
 
Aldo Rebelo defendeu a importância da construção da Arena das Dunas, em Natal, e lembrou o tumulto que ocorreu no estádio Frasqueirão, em 5 de outubro, pouco antes do jogo entre ABC e Palmeiras pela Série B. “A superlotação foi um problema, não havia estádio capaz de suportar a quantidade de torcedores, mas tem gente que insiste em dizer que não se deve ter estádio novo em Natal”, disse.
 
Balanço da Copa
 
O ministro também falou que um novo balanço da Copa deve ser divulgado até o fim do ano. “O Tribunal de Contas nos pediu duas informações: uma que nós temos, que é a renúncia fiscal de tributos federais, mas  há também a renúncia fiscal de tributos estaduais e municipais. Nós estamos consolidando esses dados para a divulgação”, explicou.
 
Mandato de dirigentes
 
Outro assunto comentado por Aldo Rebelo na audiência foi a Medida Provisória 620, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, que limita em quatro anos, com direito a apenas uma reeleição, o mandato de dirigentes em entidades do esporte brasileiro que recebem verbas públicas e estabelece responsabilidades. “Qual dirigente não consegue fazer uma obra em oito anos? Acho que está de bom tamanho, e a atribuição de responsabilidades é essencial. Muitas vezes, uma confederação não consegue prestar contas não é porque desviou o dinheiro, é por falta de gestão, capacitação. É preciso haver profissionalização”, disse.

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

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