Interventor do COI sobre obra para 2016: "dois anos atrasado"

Rio de Janeiro - Gilbert Felli, interventor nomeado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para monitorar de perto a organização do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, confirmou hoje os atrasos nas obras da região de Deodoro.

 

As instalações esportivas do local foram licitadas apenas há alguns dais e a região sofre com os atrasos. Em entrevista ao Estadão, Felli foi franco. "Claro que existem atrasos. Deodoro estão dois anos atrasado", garantiu o dirigente.

 

Após inúmeros problemas sofridos pela organização dos Jogos do Rio - fora os atrasos, greves de operários e problemas na elaboração dos orçamentos dificultam os preparativos -, o COI decidiu indicar, no mês passado, uma pessoa para "vistoriar" o Rio.

 

A pressão das federações esportivas internacionais foi outro ponto que levou o COI a tomar tal atitude. O indicado tem larga experiência no órgão e acompanhou de perto a preparação de Atenas para sediar os Jogos de 2000, considerado um dos que mais sofreu com atrasos na história recente das Olimpíadas.

 

"Temos de fazer funcionar. Vamos trabalhar para isso", afirmou Felli. Nesta terça-feira, o membro do COI esteve em um evento ao lado do secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke. A pauta foi o impacto que os grandes eventos esportivos causam ao Brasil.

 

Segundo apuração do próprio jornal que divulgou as declarações de Felli, apenas 10% das obras para 2016 estariam prontas. Dois anos antes dos Jogos de Londres, em 2012, esse percentual era de 60%.