Gastos sobem quase R$ 1 bilhão e são só 71% do total; entenda

Complexo de Deodoro: início das obras no principal pólo das competições em 2016 aumentou valores da Matriz de Responsabilidades / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Após apresentar, em janeiro deste ano, a Matriz de Responsabilidades prevista para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou uma nova versão do documento nesta terça-feira. 

Os gastos previstos aumentaram em R$ 900 mil desde janeiro, saltando de R$ 5,6 para R$ 6,5 bilhões. A justificativa é que na primeira versão da Matriz, apenas 24 dos 52 projetos listados já tinham o valor definido e, consequentemente, incluídos no total. 

Agora, com as obras se desenvolvendo, sobretudo no Complexo Olímpico de Deodoro, novos valores foram acrescidos à Matriz. Do total de R$ 6,5 bilhões, R$ 4,2 bilhões são provenientes de parcerias com o setor privado, de acordo com o anúncio da APO. 

Mesmo com o encaminhamento das novas obras, o total apresentado nesta terça representa ainda 71% do total de projetos previstos para a realização dos Jogos. 

Ainda assim, o general Fernando Azevedo e Silva, presidente da APO, mostrou confiança. "Estamos confiantes na boa organização dos Jogos no Rio. A Matriz indica que as obras estão encaminhadas", garantiu. 

O documento apresentado dá conta de que 71% dos 52 projetos atingiram nível de maturidade 4 ou 5. Essa escala, de acordo com a APO, indica que os contratos referentes a tais projetos já foram assinados e suas respectivas obras iniciadas. Na versão de janeiro, apenas 46% dos projetos tinham valores e prazos. 

A atualização da Matriz de Responsabilidades já vinha sendo cobrada internamente pelo COI. Ela aponta os compromissos a serem estabelecidos pelos três níveis de governo para a realização dos Jogos Olímpicos.