Dois mil brasileiros atuarão como árbitros nos Jogos

Árbitros brasileiros tendem a aumentar / Foto: Pauta Livre

Rio de Janeiro - A capacitação de profissionais em diversas áreas do esporte é um dos maiores legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Na arbitragem, não é diferente. Em parceria com as federações internacionais e as confederações esportivas nacionais, o Comitê Organizador Rio 2016 trabalha na formação de mão de obra especializada, por meio de treinamento e aperfeiçoamento de profissionais de arbitragem. A expectativa, baseada nos números de Londres 2012, é que pelo menos 2 mil brasileiros trabalhem como árbitros dos Jogos, sendo 1350 em competições Olímpicas e 730 em Paralímpicas.

“O trabalho que o Rio 2016 está fazendo junto às Confederações Brasileiras deixará um legado de profissionais treinados em cada disciplina dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Os esportes com menos tradição no país têm nos Jogos uma grande oportunidade de desenvolvimento”, explica Katie Ribeiro dos Santos, especialista em Serviços aos Oficiais Técnicos do departamento de Esportes do Comitê Rio 2016.
 
Treinamentos preparatórios para esportes como badminton, canoagem, remo e vela já foram realizados. Na semana passada, a Federação Internacional de Tênis (ITF) trouxe ao Brasil dois dos maiores árbitros da atualidade. O espanhol Enric Molina e o português Carlos Ramos ministraram em três capitais brasileiras (Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro) um curso preparatório para juiz de linha, que contou com 280 pessoas inscritas. Serão necessários em torno de 64 juízes de linha para os Jogos Olímpicos, e 48 para os Paralímpicos. Novos cursos serão divulgados em breve.
 
“Comecei na arbitragem aos 14 anos nos Jogos de Barcelona 1992 e, para mim, foi como a realização de um sonho. Por isso a minha experiência aqui no Brasil está sendo tão enriquecedora. É interessante ver tanta gente motivada para fazer esse trabalho”, disse o espanhol Molina, que apitou como árbitro de cadeira a final do Grand Slam de Wimbledon, no ano passado.
 
Para Carlos Ramos, que apitou a final dos Jogos de Londres 2012 entre o tenista britânico Andy Murray e o suíço Roger Federer, trabalhar em um evento como os Jogos Olímpicos dá um friozinho especial na barriga.
 
“A final de Londres não foi o melhor jogo que trabalhei, mas tinha um britânico disputando o título e o ambiente era o melhor possível. Muita festa, vibração, parecido com o clima de Copa Davis, mas muito maior. Foi realmente um momento incrível”, comentou.
 
Segundo o Manual Técnico de arbitragem do Comitê Olímpico internacional (COI), as federações internacionais de cada esporte indicam os Delegados Técnicos (TD) e os Oficiais Técnicos Internacionais (ITO). Já as confederações brasileiras de cada esporte definem, em consulta com o Comitê Rio 2016, os Oficiais Técnicos Nacionais que vão trabalhar no evento.

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