Após greves e atrasos, intervenção do COI é vista como medida de urgência

Thomas Bach, à esquerda; presidente do COI nomeou interventor para acompanhar obras do Rio para 2016 / Foto: IOC / Juilliart

Rio de Janeiro - Os problemas relacionados à organização dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, levaram o Comitê Olímpico Internacional (COI) a uma atitude muito incomum: intervir no trabalho do Comitê Organizador Local (COL). 

Thomas Bach, presidente do COI, indicou um interventor, espécie de administrador responsável por monitorar, periodicamente, o andamento das obras para as Olimpíadas. Além disso, o representante do COI virá com certa frequência ao Rio para acompanhar - e orientar - de perto o andamento geral das obras. 

De certa forma, a medida é uma atitude que demostra o quão os problemas vistos até aqui na organização dos Jogos (greves de funcionários, atrasos no cronograma e mudanças constantes dos principais nomes de frente) preocupam o COI. 

A capacidade gerencial do Rio de Janeiro já foi posta em xeque antes, nos Jogos Pan-Americanos de 2007. À época, os atrasos também foram constantes e resultaram em aumentos estrondosos nos preços, às vésperas da competição continental. 

Segundo Thomas Bach, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, a intervenção não é vista com maus olhos. Entretanto, o manda-chuva desconversou quando perguntado sobre a possibilidade de ainda haver uma segunda opção caso o Rio não consiga entregar tudo pronto para os Jogos. "Faremos o possível para que os Jogos sejam bem-sucedidos", afirmou. 

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, um dos membros honorários do COI, o português Fernando Lima Bello, afirmou que a intervenção foi necessária. "Se se fala em problemas é porque os há. E cito aqueles que percebo mais: o atraso nas construções, greve dos operários, as muitas mudanças de responsáveis pela organização", definiu o lusitano. 

Fernando concordou com a indicação de Gilbert Felli, o interventor do COI. Segundo ele, o suiço é a pessoa indicada para acompanhar a preparação do Rio para os Jogos Olímpicos de 2016. 

 

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